quarta-feira, 19 de março de 2014

Quando a cerimônia de casamento vira um circo

 
Não. Eu não creio que a cerimônia de casamento seja um sacramento. Eu não creio como os católicos creem. Eu também não creio que a cerimônia de casamento seja somente uma prestação de contas a sociedade. Eu creio que é bem mais do que isso. Creio que um homem e uma mulher ao contraírem matrimônio o fazem desejosos de que o Eterno abençoe seu relacionamento conjugal. Nessa perspectiva, num lugar definido, diante de um ministro do evangelho , além é claro de amigos e familiares, ambos felizes, porém contritos; alegres, porém temerosos, rogam ao Todo-poderoso que abençoe a nova família que se inicia. Contudo, para nossa tristeza, um número incontável de cristãos transformaram esse momento ímpar na vida de um casal, num grande espetáculo circense. 

Ora para piorar a situação, lamentavelmente não são poucos aqueles que vencidos pelo secularismo banalizaram o casamento. Nessa perspectiva , relativizam a cerimônia, ridicularizam os votos diminuindo o valor da aliança bem como o compromisso assumido diante de Deus. 

Outro dia participei como convidado de uma cerimônia de um casamento em que em meio a muita bagunça, música, irreverência e algazarra os votos foram "esquecidos". 

Votos? Isso é coisa do passado, afirmarão alguns. 

Caro amigo, bem sei que os relativistas de plantão vão me apedrejar, mas, os votos são fundamentais a uma cerimônia que pretende diante de Deus unir um casal. Como bem outrora afirmou o meu amigo Solano Portela, (aqui) o momento dos votos para nós cristãos,  envolve mais do que um contrato horizontal fechado entre dois lados – Solano afirma, e eu concordo com ele, que Deus está envolvido na cerimônia e nas promessas proferidas e isso é um pacto solene feito na sua presença (Ml 2.13-16). Nesse pacto, Deus está bem mais comprometido, do que as partes humanas poderiam estar, com o cumprimento do acordo.

Doutra feita assisti um casamento em que a impressão que tive é que aquela cerimônia não focava na aliança e sim na efemeridade da relação. Ora, o casamento é uma aliança. A cerimônia de um matrimônio é a celebração do acordo que um homem e um mulher estão fazendo diante de Deus. O casamento é um compromisso indissolúvel feito por um casal diante do Criador, onde juntos prometem permanecerem firmes mesmo diante das lutas, dificuldades e problemas inerentes ao dia-a-dia. 
Isto posto afirmo sem titubeios que casamento é coisa séria. E mais, digo também que o espetáculo circense encontrado em algumas cerimônias de casamento apontam para o fato inequívoco de que a Igreja de Cristo banalizou o que em hipótese alguma deveria ser banalizado.

É o que penso, é que digo!

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