O que penso sobre os Blocos evangélicos no Carnaval
Por Renato Vargens
Nos últimos anos tornou-se comum encontrarmos em algumas igrejas evangélicas blocos carnavalescos.
Com
o intuito de pregar o evangelho durante o carnaval, evangélicos de
denominações diferentes criaram blocos e até mesmo Escolas de Samba cujo
objetivo final é pregar aos foliões. Segundo os sambistas de Jesus,
essa é uma maneira de evangelizar os perdidos que se encontram absortos
em iniquidade e que precisam desesperadamente de Cristo.
Antes de
qualquer coisa preciso afirmar que concordo plenamente com o fato
inequívoco de que os perdidos estão mergulhados em iniquidade e que
carecem da graça do Senhor. Sem sombra de dúvidas isso é um ponto
indiscutível. Verdadeiramente os homens estão destítuidos da glória de
Deus, mortos em seus delitos e pecados e incapazes de buscarem ao
Senhor. (Efésios 2:1-10)
Caro leitor, o que me preocupa efetivamente não é o desejo de evangelizar, nem tampouco a vontade de pregar as Boas Novas da Salvação Eterna aos que se perdem e sim a forma escolhida para o desenvolvimento dessa missão.
Isto posto, permita-me explicar porque sou contra a criação de blocos evangélicos carnavalescos:
- Acredito que a evangelização se dá de forma contínua e de modo relacional, isto é, todos nós, somos chamados a evangelizar os que se relacionam conosco através de palavras, testemunhos, durante o ano e não em eventos esporádicos.
- Porque nem toda contextualização é bíbllica. Quando a contextualização abre portas ao mudanismo, paganismo, e a ausência de santidade, ela precisa ser rechaçada.
- A igreja foi chamada para pregar Cristo e o arrependimento de pecados e não um tipo de evangelho palatável cujo foco principal é a satisfação humana.
- Pela forte relação com o mundo e com os valores que nele existentes. Ora, por mais que digam ao contrário, os que saem as ruas para "evangelizar" em blocos carnavalescos relacionam-se com o mundo e a cultura de uma forma onde o foco principal não é a glória de Deus e sim o bem estar do homem. (Romanos 12:1-2)
- Por tomarem o nome de Deus em vão, fazendo do Senhor instrumento exclusivo de satisfação pessoal. Na minha perspectiva sair as ruas, sambando, rindo fere o mandamento bíblico de usar o nome do Senhor em vão.
- Porque ainda que se diga que o objetivo é a evangelização o que menos se vê é a pregação do Evangelho.
- Por dar ocasião a carne e ao "velho homem." despertando em muitos o antigo prazer pelo pecado.
Se não bastasse isso pergunto:
Será que se a Igreja pregasse e vivesse
o evangelho durante o ano não haveriam mais conversões do que comumente
temos? Ora, vamos combinar uma coisa? Evangelizar é muito mais do que
cantar, sambar, pular. Evangelizar está para além de eventos, programas
ou atividades distintas. Evangelizar é
compartilhar aquilo que o Senhor fez pelo pecador na cruz do calvário, é
confrontar o homem em seus delitos e pecados, chamando-o ao
arrependimento, é proclamar Cristo como Senhor e Salvador, confrontando o
pecador com a dura, porém maravilhosa mensagem da Cruz.
Bem sei que alguns me xingarão de "fundamentalista estupido", de fariseu
da modernidade e outras coisas mais, todavia, ao contrário de alguns
não posso considerar as loucuras do chamado movimento gospel como
normais.
Definitivamente o Brasil precisa de um avivamento!
Definitivamente o Brasil precisa regressar as Escrituras.
Definitivamente precisamos chorar e clamar a Deus por Deus por mudança no evangelicalismo brasileiro.
"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha" (Efésios 5.11-12).
Definitivamente precisamos chorar e clamar a Deus por Deus por mudança no evangelicalismo brasileiro.
"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha" (Efésios 5.11-12).
É o que penso, é o que digo!
Renato vargens
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