sábado, 22 de março de 2014

O prazer de Deus na nossa adoração

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Apocalipse 4.11 diz: "Tu criaste todas as coisas, e é para o teu agrado que elas existem e foram criadas". Deus criou todas as coisas para seu prazer. Eis a razão porque existem partes distantes do universo que nunca foram e talvez nunca serão vistas pelo homem. Elas foram criadas para o prazer de Deus e não do homem. Sim, existem coisas nos céus, na terra e debaixo da terra, coisas visíveis e invisíveis que foram criadas somente para o prazer de Deus. O próprio homem também o foi. Adorar a Deus é reconhecer isso em tudo. Tudo o que sou e faço deve ter como propósito o prazer de Deus.
O pecado fez com que o homem buscasse em primeiro lugar o seu próprio prazer e, pior, fez com que o homem achasse que o fato dele ter prazer em algo significa que Deus também está tendo. Não é assim não! Muitas vezes, eu não estou me agradando de algo (de um culto minúsculo, sem instrumentos musicais para acompanhar os hinos, por exemplo), mas Deus está. Muitas vezes, eu estou me agradando de algo (de uma apresentação musical que mexeu com as minhas emoções, por exemplo), mas Deus não. Adorar a Deus é dizer e viver “se Deus gosta, isso é o que importa”.
Infelizmente, a igreja se deixou impregnar pelo espírito consumista e ególatra da sociedade em que vivemos. Se uma pessoa vai a uma loja e não é bem atendida, o que ela faz? Vai a outra. Se a loja não tiver o que ela procura, ela vai a outra. Se o preço não for o mais baixo, ela vai a outra. A mesma coisa se faz com a igreja. Uma pessoa frequenta um grupo para ser suprida, e se naquele lugar não for bem atendida, não achar o que procura ou achar um lugar que mais lhe atrai, é para ali que a pessoa vai.
Poucos são os que entendem que devemos nos reunir para adorar a Deus com nossos dons. Minha pergunta não deve ser: “O que essa igreja tem para me oferecer?”. Minha pergunta deve ser: “Como posso servir da forma que possa deixar Deus contente? Será suportando alguém, perdoando, levando uma cesta básica, orando por um irmão, levantando um caído, fortalecendo um fraco, animando um abatido, dando um abraço em alguém?”.
Talvez, o que fazemos não seja algo que chame a atenção dos homens, nem arranque aplausos. Mas o adorador só quer saber se Deus está se agradando dele. O adorador sabe que diante de Deus, muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos, primeiros. O adorador quebra seu vaso de perfume caríssimo (sua vida, seu tempo, seus bens, sua família) e o despeja em Jesus, mesmo diante dos protestos daqueles que acham isso um desperdício ou um fanatismo. Para ele, o que importa é que Jesus está aceitando o que ele faz.
O adorador sabe que não precisa esperar até o horário do culto para adorar. Sua vida inteira é uma adoração. Talvez o adorador nunca pegará num microfone e subirá num palco acompanhado por instrumentos musicais de marca famosa. A disputa por isso já é muito grande. Mas o adorador cantará até mesmo numa prisão, com mãos e pés presos, com a voz desafinada por causa de sua posição (ou de suas lágrimas), mas seu louvor poderá provocar um terremoto que abrirá as portas da sua prisão e de outros.
Não é necessário muito esforço para se achar “estrelinhas”. Elas estão por toda parte. Mas o Pai está procurando aqueles que o adorem.

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