quarta-feira, 24 de abril de 2013

PORQUE EM TUDO O QUE FAZIA E ESCREVIA - WILKERSON APONTAVA PARA CRISTO, E NÃO PARA SI MESMO!

Sua simplicidade, sua constante dependência do poder de Deus, sua memorável ênfase na depravação total e como isso tornou-nos tão desprezíveis e frágeis, suas exortações a piedade e evangelização, sem esquecer a prática do amor - são coisas que farão o mundo sentir muita falta da sua voz. Num tempo onde as lideranças só falam em prosperidade, alegria e vitória, eu oro: Senhor, envia outros corajosos, assim como seu filho Wilkerson, e faça-os fieis até o fim, assim como ele foi. Obrigado Senhor, por em Sua misericórdia, levantar um servo como este!

Publico aqui, um texto, um devocional e vídeo, que saiu no blog Cristão Peregrino, do meu amigo Leo.

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Não teria como deixar passar essa notícia. David Wilkerson, pregador ousado e usado por Deus, morreu em acindente de carro, no Texas.

David Wilkerson é o pastor fundador da Igreja de Times Square, em Nova York. Ele foi chamado a Nova York em 1958 para ministrar aos membros de gangues e viciados em drogas, como dito no livro best-seller,
A Cruz e o Punhal.

Em 1987, David Wilkerson voltou a "encruzilhada do mundo" para estabelecer Igreja de Times Square. Desde então, ele fielmente levou essa congregação, oferecendo poderosas mensagens bíblicas que incentivam uma vida justa e total confiança em Deus.


David Wilkerson tem uma forte carga de incentivar e fortalecer os pastores de todo o mundo. Desde 1999, ele tem viajado ao redor do mundo realizando conferências para ministros cristãos.


Oremos por sua família.


Republico tradução do último devocional publicado por ele:



 
Última devocional de David Wilkerson postada no site de seu ministério, hoje, 27 de abril, quando o Senhor levou esse servo para si, falecido num acidente de carro.

Mas como ele mesmo escreveu nessa devocional: "Verás que tudo era parte de meu plano. Não foi um acidente"

O Senhor seja louvado!

Quando todos os recursos falham
David Wilkerson, 19/05/1931 – 27/04/2011
 
Crer quando todos os recursos fracassam agrada muitíssimo a Deus e é altamente aceito por ele. Jesus disse a Tomé "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram." João 20:29

Bem aventurados os que crêem quando não existe evidência de uma resposta a sua oração. Bem aventurados aqueles que confiam mais além da esperança quando todos os meios fracassaram.

Alguém chegou a um lugar de desespero, ao final da esperança e ao término de todo recurso. Um ser querido enfrenta a morte, e os médicos não dão esperança. A morte parece inevitável. A esperança se foi. Orou pelo milagre, porem, esse não aconteceu.

É nesse momento quando as legiões de Satanás se dirigem a atacar sua mente com medo, ira e perguntas opressivas como "Onde está teu Deus? Você orou até não lhe restaram lágrimas, jejuou, permaneceu nas promessas e confiou" Pensamentos blasfemos penetraram em sua mente: "A oração falhou, a fé falhou. Não vou abandonar a Deus, porem não confiarei Nele nunca mais. Não vale a pena!" Até mesmo perguntas sobre a existência de Deus acometem sua mente!

Tudo isso foi dispositivos que Satanás empregou durante séculos. Alguns dos homens e mulheres mais piedosos de todas as eras viveram tais ataques demoníacos.

Para aqueles que passam pelo vale da sombra da morte, ouçam essas palavras:
O pranto durará algumas tenebrosas e terríveis noites, mas em meio a
essa escuridão logo se ouvirá o sussurro do Pai: "Eu estou contigo. Nesse momento não posso lhe dizer por que, mas um dia tudo terá sentido.  
 
Verás que tudo era parte de meu plano. Não foi um acidente. Não foi um
fracasso da tua parte. Agarre-se com força. Deixe Eu te abraçar nessa
hora de dor"

Amado, Deus nunca deixou de atuar em bondade e amor. Quando todos os recursos falham, Seu amor prevalece: Aferre-se a sua fé. Permaneça firme em Sua Palavra. Não há outra esperança nesse mundo.

tradução: Armando Marcos

Não temas, filho! Provérbios 3.24-25 (leia do 21-26) - por Alberto Oliveira

“Quando te deitares, não temerás; deitar-te-ás, e o teu sono será suave. Não temas o pavor repentino, nem a arremetida dos perversos, quando vier. Pv 3.24-25.

Merril Unger diz que: “Provérbios é o mais típico (livro) da antiga literatura sapiencial do Oriente Próximo. É uma biblioteca de instrução moral e espiritual para jovens” (1). Sobre ser uma biblioteca espiritual, Hopkins comenta que: “de modo geral, não devemos esperar conexão de frases em Provérbios. Os outros livros da bíblia são como uma rica mina, onde o precioso minério se encontra em um veio único e contínuo; mas esse é como um monte de pérolas que, embora não estejam reunidas num colar, nem por isso são menos excelentes e valiosas” (2). Sobre ser para os jovens, acrescenta Meyer: “O livro foi escrito para fornecer instruções aos jovens [...] A forma de dirigir-se é sempre de um pai falando ao seu filho” (3). Sobre ser uma biblioteca moral, escreveu-se: “O teor dos conteúdos (do livro) é didático e moralista” (4).

Por que não temer? 1 porque o andar seguro e cheio de vida está atrelado ao temor ao Senhor, princípio de sabedoria e bom juízo; 2 porque o perdoado pelo Senhor repousa em Seus braços em paz; 3 porque mesmo em meio a perseguições, sem temor, brilharemos a Sua luz em obediência.

Aplicação: Você e eu temos algo em comum com todas as pessoas que já viveram neste mundo: temos problemas e medos. Dentro de seu contexto histórico, geográfico, social, entre outros, todos viveram em épocas conturbadas. Receios de toda a sorte afligiram e afligem as pessoas. Se o pobre teme o desemprego e a fome, o rico teme o prejuízo e o furto. Se o incapaz teme o desprezo, o capaz teme perder a capacidade. O desconhecido teme o “passar em branco”, o viver esquecido, mas o famoso teme olvidarem sua fama, caindo no anonimato. Qual é o seu medo? Enfim, todos nós sempre tememos algo. A questão é: como nos comportamos diante dele? Fugindo ou estoicamente? Há algo que possamos fazer? Há algo que Deus faça nestas questões? As palavras do sábio, em Provérbios podem nos auxiliar. Devemos, no entanto, ter em mente duas coisas: Primeira, assim como toda a bíblia, Provérbios deve ser lido como uma coletânea, e que mesmo com seus vários pequenos temas e máximas, o livro deve ser lido e interpretado com coerência e contexto, e não abusado com uma leitura parcial, sem contexto e fora da “linha de argumento do discurso sapiencial” (5); Segundo, Provérbios não pode ser interpretado como uma “garantia Divina de sucesso”. Antes as conseqüências da vida (boas ou más) têm a “probabilidade de ocorrer”. Não há “sucesso automático”, antes uma correta hermenêutica diz que o livro serve para “lembrarmos de que há pouca coisa de automático nos eventos bons ou ruins que acontecem em nossa vida” (7). Por esse motivo, resolvi agrupar duas citações sobre o não temer. Isto posto, por que não temer?

Para andar seguro, com a alma cheia de vida duas coisas devem estar em nossas mentes: a verdadeira sabedoria e o bom siso (juízo). Provérbios labora sobre o pressuposto da responsabilidade humana, que, de forma alguma anula a Soberania Divina sobre nós e os acontecimentos. Muito menos apregoa um sistema meritatório. Antes nos dá uma ideia de livre-agência (liberdade de escolha, escrava da natureza do indivíduo que difere do improvável livre-arbítrio); visto que, mesmo diante do bom conselho, muitos não conseguem colocá-los em prática, mesmo querendo, devido a sua inclinação nata ao mal e ao erro. Esta consiste na linha de causa efeito prático, pois só se queima quem com fogo brinca. Sendo assim, o que seria a verdadeira sabedoria e o bom siso? A sabedoria é descrita em todo livro de Provérbios como sendo o temor ao Senhor (7). A Palavra diz que é feliz o homem que a encontra e que é um grande e delicioso tesouro (8). O bom juízo é o lucro da busca deste tesouro e da aplicação prática do ensino. É basicamente o juntar tesouro onde a traça não corrói (9), demonstração máxima de juízo, pois consiste em trocar o efêmero (prazeres passageiros) pelo eterno (obediência e anseio de viver com Aquele que nos deu vida eterna).

Quem teme ao Senhor, obedecendo-O, demonstra que entendeu que foi perdoado e tem nova vida. Aquele que sabe que é perdoado, não deve, por isso não teme as cobranças da vida. Ele sabe que a verdadeira vida está segura, nas mãos do Pai, e que se algo o incomodar e afligir, por maior que seja a dor, é por pouco tempo. O choro se desvanece ao amanhecer com o Senhor (10). Esta pessoa não teme a justiça, pois seguindo os preceitos de Provérbios, não há acusação pertinente contra ela, não havendo, portanto o que temer. Esta pessoa não teme a injustiça, pois sabe que o Senhor sempre está ao lado dos fracos. Ela não teme por sua própria vida, porque esta já foi perdida para encontrar a eterna. Ela, à noite, enfim, goza do sono suave (11).

Quem sabe que é perdoado e obedece ao Senhor, sabe também que será perseguido pelos perversos, sofrendo aflições (12). Lendo provérbios ela descobre que o perverso não dorme, querendo lhe fazer mal: “Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo;
pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar alguém; porque comem o pão da impiedade e bebem o vinho das violências” (13). Mas ela também sabe que a: “vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (14). Essa luz do justo depende desta (pessoa) saber que Jesus é a Luz do mundo e que Ele deseja brilhar nela e através dela para glória da Pai (15). Graças a Ele, nossa vida, esperança e segurança não dependem de nós, de nossa justiça ou merecimento; mas do Senhor. O texto diz no verso 26: “Porque o Senhor será a tua segurança e guardará os teus pés...”. Se podemos dizer que não tememos é porque nossa segurança está nas mãos dAquele que pode, promete e não mente. O seguir, o descansar e o ser guardado não nos é dado por mérito, mas por Aquele que É o Caminho (15). Mas o bom juízo, o bom testemunho, o ser luz e o não temer dependem de nós. Igualmente o bem estar físico e o espiritual. Brilhemos (luz do Senhor) sem temor até o Dia perfeito.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

É possível não ser cristão e ser salvo?

Como interpretar João 10.16: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco”?

Todos os salvos têm a certeza da salvação porque creram no Senhor Jesus e se arrependeram de seus pecados (Jo 3.16 e Rm 10.9,10). Mas, o que o Mestre quis dizer em João 10.16, ao mencionar “outras ovelhas”, de outro aprisco? Estaria Ele aludindo à salvação fora do cristianismo? Haveria, a partir dessa passagem, uma abertura para acreditarmos que muçulmanos, budistas, espíritas, etc. poderão ser salvos, mesmo permanecendo nessas religiões?


Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5 e At 4.12). Qualquer religioso, ao se converter de verdade, passa a trilhar o único caminho para a salvação (Jo 14.6), visto que é impossível receber a Cristo como Salvador e continuar abraçando a reencarnação ou outras doutrinas anticristãs. A quem, pois, o Mestre se referiu em João 10.16? Alguns estudiosos argumentam que as “outras ovelhas” seriam os judeus helenistas, dispersos pelo mundo. Mas o próprio Evangelho de João mostra que o Mestre se referiu aos salvos do mundo todo. Considerando que, em João, o Senhor afirma que a mensagem de salvação é para o mundo inteiro (1.10 e 12.32), as “outras ovelhas” seriam judeus e gentios, indistintamente (7.35-39). Aliás, nesse mesmo Evangelho, o Senhor Jesus é chamado textualmente de “o Salvador mundo” (4.42).


Não existe salvação fora de Cristo e, consequentemente, do verdadeiro cristianismo, posto que este é formado por indivíduos que obedecem àquEle. Ao dizer “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco”, o Senhor se referiu, à luz do Novo Testamento, ao resultado da Grande Comissão (Mt 28.19 e Mc 16.15), que teria início após sua morte e sua ressurreição (Jo 11.46-52; 17.20-23). Aliás, no próprio capítulo 10 de João, o Senhor Jesus asseveou: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo” (v9 – ARA).


Diante do exposto, a resposta bíblica à pergunta em apreço é a seguinte: as condições para se obter a salvação em Cristo Jesus — que se dá exclusivamente pela sua graça (Tt 2.11) — são duas: arrependimento e fé, as quais estão casadas (Mc 1.15 e At 2.38ss). O infrator crucificado ao lado de Jesus, por exemplo, não era evangélico, mas, ao arrepender-se de seus pecados e crer no Salvador, ouviu deste a seguinte promessa: “hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43).


Ser evangélico não é uma condição para ser salvo. Mas pertencer a uma igreja evangélica — compromissada com a Palavra de Deus, que ama o próximo, prega o Evangelho e obedece à sã doutrina — em geral indica que houve conversão (At 3.19). Por outro lado, diferentemente do que assevera o papa Bento XVI, a salvação não é exclusividade de uma religião pretensamente cristã, como o catolicismo. Religião alguma pode salvar alguém (Ef 2.8-10). Pertencemos a uma igreja porque temos a necessidade de cultuar a Deus de modo coletivo, desfrutar de comunhão e aprender uns com os outros etc.


Ciro Sanches Zibordi