segunda-feira, 10 de março de 2014


Estudo Bíblico O Legalismo do Dízimo e a Liberdade do Evangelho da Graça


"Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei, e nela encerrados, para essa fé que de futuro haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados pela fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Dessarte não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa" (Gálatas 3.23-29).

Os dizimistas não precisam deixar de dizimar pelo simples fato de receberem a revelação do Evangelho da Graça, desde que o façam com alegria e espontaneamente, e seja assim que propõem em seus corações. Aceitar os termos da Nova Aliança apenas com o fito de contribuir menos é tentar enganar a Deus.
Nessa condição, os filhos de Deus não temerão o devorador se, em algum momento, derem um centavo (R$0,01) a menos ou a mais do que determina a escravizante lei da Antiga Aliança.

Os dizimistas da graça não farão mais detalhada conta para saber se estão cumprindo rigorosamente a lei; se o dízimo é sobre o líquido ou sobre o bruto do salário; se deverão dizimar sobre herança ou venda de propriedade, e tantas outras preocupações legalistas.

Os contribuintes da graça têm liberdade de flexibilizar suas ofertas para mais ou para menos de acordo com sua prosperidade, e farão sem receio de serem chamados roubadores de Deus.

Se dermos o dízimo em cumprimento à lei, só podemos dar dez por cento. Mais do que isso é transgressão da lei (Ml 3.10). Se contribuirmos com um valor proposto em nossos corações e conforme nossa prosperidade, podemos dar mais de dez por cento, ou menos, dentro dos critérios da Nova Aliança em Cristo Jesus. Vivemos sob a égide do Evangelho da Graça e não sob a escravidão da lei.
"Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas" (Hb 8.6).

"Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar" (Hb 8.13).

Querer manter–se fiel à escravidão da lei é recusar a graça de Deus e não dar a devida importância à missão de Cristo.
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).

“Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé” (Gl 3.1,2, 5).

As passagens acima se aplicam mais diretamente à justificação pela fé. Mas quem é justificado pela fé em Jesus Cristo é ricamente abençoado e recebido como filho de Deus,
“se somos filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8.17).

Se buscarmos em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, nada nos faltará (MT 6.33).

Entende-se por “obras da lei” a obediência às exigências da lei. Como diz John Stott, o estabelecimento da lei é a abolição do Evangelho”.

Quanto ao dízimo, muitas igrejas ensinam que a obediência irrestrita a Malaquias 3.10, embora não seja meio de salvação é meio de ter prosperidade. E isto são obras da lei.

“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama a quem dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa ora” (2 Co 9.7).

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