domingo, 30 de março de 2014

Governo já começou   campanha de vacinação do HPV em meninas nas escolas em março

Meta do Ministério da Saúde é vacinar, até dezembro, 5 milhões de meninas entre 11 e 13 anos

Julio Severo
Começará em março, de acordo com o jornal Estado de S. Paulo, a campanha nacional de vacinação de meninas entre 11 e 13 anos contra o vírus HPV, que supostamente protege contra o câncer de colo de útero. A campanha terá como alvo prioritário as escolas, disse nesta sexta-feira, 10, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O anúncio foi feito durante evento no Instituto Butantan, em São Paulo, no qual o laboratório responsável pela produção do item, em parceria entre o laboratório Merck Sharp & Dohme, entregou o primeiro lote de vacinas, com 4 milhões de doses.
Segundo o Ministério da Saúde, foram gastos R$ 465 milhões na compra desses lotes.
“Cada município vai poder ter uma estratégia específica de vacinação. Alguns vão utilizar um espaço dentro da escola, outros vão concentrar nos postos de saúde. Nós daremos as duas opções, mas vamos reforçar nos municípios que as ações na escola devem ser priorizadas”, disse Padilha.
O governo pretende vacinar 5 milhões de meninas ainda neste ano, o que equivale a 80% da população dessa faixa etária.

Perguntas que precisam ser feitas

A campanha de vacinação governamental do HPV para meninas é necessária?
Segundo a Dra. Diane Harper, diretora do Grupo de Pesquisa de Prevenção ao Câncer na Universidade de Missouri, e principal pesquisadora no desenvolvimento das vacinas Gardasil e Cervarix do HPV, “as drogas polêmicas pouco farão para reduzir os índices de câncer cervical e poderão causar mais males do que a doença que visam prevenir,” conforme reportagem do LifeSiteNews.
A vacina é segura?
O Dr. Joseph Mercola comenta que os dados do Sistema de Registro de Efeitos Colaterais das Vacinas (SREC) do governo americano indicam que a Gardasil está ligada a 49 mortes súbitas, 213 invalidezes permanentes, 137 registros de displasia do colo do útero, 41 registros de câncer de colo do útero e milhares de registros de efeitos colaterais, abrangendo desde dores de cabeça e náuseas até erupção de verrugas genitais, choque anafilático, epilepsia tonicoclônica generalizada, espumação pela boca, coma e paralisia.
O Dr. Mercola também diz que é preocupante o fato de que as vacinas do HPV protejam contra apenas duas das variantes mais comuns do HPV associadas com câncer, o HPV-16 e o HPV-18, ainda que haja mais de 100 diferentes tipos de HPV, pelo menos 15 dos quais provocam câncer.
Confira também o caso registrado em vídeo de duas adolescentes prejudicadas pela vacina do HPV:
Adolescente arruinada pela vacina Gardasil do HPV: http://youtu.be/oTuN7DRlBKI
Vítima da Gardasil se manifesta 2 anos depois de vacinada: http://youtu.be/xWVQ04fAhfI
Uma reportagem especial do WND indicou mais mortes envolvendo a vacina do HPV.
Nesse tipo de campanha de vacinação, há interesses entre governo e empresas farmacêuticas?
Há exemplos no histórico do governo brasileiro. Em 2009, Lula recebeu o Prêmio Chatham House por seu papel como “importante promotor de estabilidade e integração na América Latina”. Um dos principais patrocinadores desse prêmio internacional foi a empresa farmacêutica GlaxoSmithKline. No final de 2009, a GlaxoSmithKline recebeu R$ 465.532.000,00 do governo brasileiro, numa compra sem licitação, de doses da vacina contra a “epidemia generalizada” da gripe suína.
Em reportagem do WND, o ator mundialmente famoso Chuck Norris disse: “O governo está debaixo dos panos e debaixo da pele dos outros — literalmente — fazendo algo que pode ser prejudicial para a saúde de seus filhos e para a nossa saúde.” Ele então revela o acobertamento que o governo federal vem fazendo no caso das vacinas debaixo da total omissão e silêncio dos grandes meios de comunicação.
Quais outros escândalos?
Conforme reportagem do Examiner, “O governo japonês cancelou a vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV) em Kitui, mencionando reações adversas que incluíam infertilidade, dores prolongadas, fraqueza e paralisia, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) está sendo criticada por sua posição de defender a eficácia da vacina contra o HPV com a alegação de que é uma ferramenta útil para prevenir o câncer do colo do útero. Um artigo da agência de notícias queniana Standard Digital de 14 de julho afirma que críticos acusaram a OMS de promover vacinas que beneficiam os fabricantes, e acusações do mesmo teor foram feitas contra a Vigilância Sanitária (FDA) americana.”
A GlaxoSmithKline, multibilionária empresa de vacinas que fabrica uma das vacinas do HPV, foi condenada em 2012 a pagar multa de 3 bilhões de dólares depois de se declarar culpada de cometer a maior fraude de saúde da história dos EUA.
O governo agiria para enfraquecer a resistência à sua campanha para vacinar as meninas do Brasil?
Durante a campanha de vacinação contra a rubéola em 2008, as denúncias do Blog Julio Severo atraíram não só a atenção da mídia comprada (veja notícia do jornal O Dia, ligado à Globo, culpando-me pelo número baixo de vacinações), mas também a ira do Ministério da Saúde, que contou com uma equipe de profissionais de internet para sabotar meus artigos sobre a campanha da vacinação. A meta era postar textos e comentários nos locais onde meus textos haviam sido publicados, questionando-os, quebrando a força deles e destruindo minha credibilidade. Um trabalho de guerrilha. Só fiquei sabendo disso porque uma mulher ligada a essa equipe conversou com uma amiga dela, que por sua vez é minha amiga!
Quem deve decidir as questões de saúde dos filhos: o governo ou os pais?
Em reportagem do WND, Chuck Norris disse: “O governo precisa parar de ocupar o papel de administrador e controlador de nossas vidas e das vidas de nossos filhos e precisa começar a desempenhar o papel de apoiar as decisões dos pais para seus próprios filhos. Os filhos pertencem a seus pais, não ao governo. E os pais precisam ter o direito e apoio governamental para criar seus filhos sem imposições federais, e sem intervenções em nossos lares e educação e saúde de nossos filhos.”
Com informações do jornal Estado de S. Paulo.

Teocracia socialista: a tirania em nome da compaixão

Usando o Estado para impor sobre a sociedade um modelo pervertido da igreja primitiva judaica

Julio Severo
“Usar o modelo apostólico de administração de igreja para sustentar um sistema de governo que rouba em nome da compaixão é uma perversão da missão da igreja e da missão do Estado”.
Um apelo dramático à compaixão, principalmente pelos pobres, conquista infalivelmente a maioria dos corações. Se esse apelo não funcionasse, o nazismo e o comunismo jamais teriam feito tanto sucesso. Até mesmo o diabo, sem precisar se disfarçar de anjo de luz, pode hoje ser muito bem recebido em qualquer lugar se simplesmente alegar: Vim aqui ajudar os pobres!
Polvo da teocracia socialista
Enquanto o nazismo naufragou em sua própria loucura, com renovados e inovados apelos o comunismo e suas várias metamorfoses estão conseguindo fazer suas loucuras sobreviverem — até hoje.
Um desses apelos inovados, feito especialmente para cativar populações nominalmente cristãs, diz que o socialismo começou no Novo Testamento.

Das profundezas da Grécia antiga

Na verdade, historicamente, a primeira proposta genuinamente socialista (ou comunista, dependendo da mega-variedade de rótulos que os marxistas usam para se encobrir) apareceu na obra A República, escrita pelo filósofo grego Platão, que viveu 400 anos antes de Cristo.
O plano de Platão para uma sociedade ideal era bem simples: Todos os homens e mulheres deveriam ter ocupações no mercado de trabalho. A propriedade privada deveria ser abolida, isto é, ninguém deveria ter casa própria nem propriedade. Dentro desse conceito, Platão queria que também as esposas fossem abolidas como “propriedade” privada do marido e que os filhos fossem abolidos como “propriedade” privada das famílias. As esposas estariam assim submetidas, como mulheres livres do casamento, a todas as vontades do Estado. E todas as crianças pertenceriam ao Estado.
Assim, em vez de pertencer a um só homem, as mulheres estariam “livres”, disponíveis para todos os homens. Em vez de criar em seu próprio lar seus próprios filhos, a mulher estaria “livre” para trabalhar a vida inteira no mercado de trabalho, fazer sexo com qualquer homem e todas as crianças concebidas seriam criadas pelo Estado.
Como um visionário, Platão viu muitíssimos séculos antes, a sociedade feminista e socialista “ideal”, onde a “igualdade” entre homens e mulheres reinaria de forma absoluta, dando às mulheres total liberdade de ocupar todas as funções masculinas, inclusive de soldados e policiais. O único problema que Platão via era a gravidez, que atrapalharia a mulher de ter a mesma liberdade que o homem tem de atuar em diversas profissões, sem as “interferências” previsíveis da natureza.
Muitos séculos mais tarde, os seguidores de Marx ressuscitariam as mesmas ideias de Platão, embora com muita cautela diante de ouvidos cristãos ou moralistas. Entretanto, invariavelmente as políticas socialistas acabam trazendo como consequência a desmoralização social, onde o casamento perde sua sacralidade e o sexo sem compromisso e sem casamento se tornam sagrados. Coincidência ou não, nas mais modernas sociedades socialistas, cada vez mais todas as crianças são “responsabilidade” de todos — eufemismo para a posse estatal — e todas as mulheres são de todos os homens. Falta muito pouco para a família e o casamento serem completamente abolidos como “maldita herança patriarcal”.
Mesmo com todas as suas propostas originais e resultados tão patentemente antifamília, o apelo religioso dos marxistas funciona. Cuidadosamente acobertando as ideias socialistas de Platão de 400 anos antes de Cristo, eles insistem em dizer: “O socialismo nasceu na igreja primitiva!”

O que ocorreu nas igrejas primitivas judaicas?

O que foi que aconteceu na igreja primitiva? Os 12 apóstolos tiveram a ideia de aplicar, exclusivamente nas igrejas judaicas, uma norma onde todos os membros deveriam entregar suas propriedades e outros bens aos apóstolos, para que esses recursos fossem administrados pela igreja.
Muito diferente da proposta de Platão e do próprio marxismo, que colocam o Estado no centro da administração e controle, a proposta dos apóstolos colocava a própria igreja no centro da administração e controle.
Muito diferente das ideias de Platão, que aboliam o lar e colocavam todas as mulheres no mercado de trabalho, a proposta dos apóstolos não destruiu o papel das esposas como trabalhadoras no lar. Nesse sentido, o modelo da igreja primitiva não tem nada a ver com o marxismo, que tira a mulher do lar, dando-lhe valor apenas no mercado de trabalho.
Muito diferente das ideias de Platão, que viam a gravidez como uma “interferência” da natureza contra a liberdade do Estado para a mulher ocupar todas as funções masculinas, na igreja toda gravidez era celebrada como manifestação da bênção de Deus. Nesse sentido, o modelo da igreja primitiva não tem nada a ver com o marxismo, cujas políticas entopem as mulheres de contracepção e cuja obsessão pró-aborto se transformou em assassina insanidade ideológica. Aborto e contracepção não eram preocupações dos apóstolos, nem faziam parte de sua igreja.
Muito diferente da proposta de Platão, que queria todas as crianças sob controle estatal o mais cedo possível, a proposta dos apóstolos não tirou as crianças da esfera de suas famílias. Nesse sentido, o modelo da igreja primitiva também não tem nada a ver com o marxismo, que tira as crianças do lar e da autoridade dos pais a fim de doutriná-las na religião marxista.
A meta das ideias de Platão e da ideologia socialista é impor sobre toda a sociedade uma política de nivelamento, onde o controle do Estado é absoluto sobre todos na área econômica, moral, sexual, legal, etc.

As igrejas europeias de Paulo eram diferentes da igreja de Jerusalém

A meta dos 12 apóstolos nunca foi impor sobre todas as igrejas seu modelo — e muito menos impor sobre a sociedade por meio do Estado, como tipicamente fazem os adeptos da Teologia da Libertação. Pelo contrário, havia liberdade para todas as igrejas.
Enquanto a igreja de Jerusalém, comandada por 12 apóstolos, estabelecia a entrega de todos os bens, as igrejas europeias do Apóstolo Paulo seguiam uma direção muito diferente. Paulo queria todos trabalhando independentemente e cuidando de seu próprio sustento. Nada de vida comunal e entrega de todos os bens a Paulo.
Paulo tinha total liberdade de agir diferente, pois na Bíblia não havia nenhum mandamento ordenando que os seguidores de Jesus são obrigados a depositar tudo aos pés dos apóstolos. Ele simplesmente viu tal medida como uma orientação dos apóstolos de Jerusalém que, conforme o próprio Paulo dizia, não eram perfeitos. (Confira Gálatas 2.)
A grande vantagem de ser diferente para Paulo foi que, quando uma crise internacional de fome atingiu o Império Romano inteiro — inclusive as igrejas de Paulo e as igrejas dos 12 apóstolos em Jerusalém —, as igrejas dos 12 apóstolos na Judéia e Jerusalém começaram a passar fome, enquanto que as igrejas de Paulo na Europa, atingidas pela mesma fome, não só conseguiram ter forças durante a crise como também mandaram ajuda para as igrejas dos 12 apóstolos.

Usando o Estado para impor sobre a sociedade um pervertido modelo apostólico de igreja?

Embora os marxistas e seus aliados de rótulo cristão aleguem que o marxismo nasceu na igreja primitiva, nenhum modelo comunista, marxista ou socialista colocou apóstolos na liderança suprema do governo. Eles só colocaram ditadores sanguinários. Esse modelo também violou sistematicamente a integridade da família, ao pressionar as esposas a entrar no mercado de trabalho e ao impor leis que obrigam as crianças a ficar sob controle estatal através das escolas.
Com genuínos apóstolos no governo, um sistema baseado na igreja primitiva jamais cometeria tais abusos. Um sistema baseado no modelo da igreja primitiva teria apóstolos na liderança. Com apóstolos na liderança, o aborto não teria vez. O homossexualismo não teria vez. Escravidão educacional estatal para as crianças não teria vez. Esposas obrigadas a trabalhar fora por pressões de pérfidas políticas socialistas anti-família não teria vez.
Mas, em vez de uma real transferência do modelo apostólico para a esfera secular, o que vemos é o contrário. O modelo socialista, que expulsa as esposas e as crianças do lar para encaixá-las em metas socialistas, está dominando as igrejas. Mas o sistema apostólico não está dominando no mundo.
O modelo secular da tão chamada redistribuição de bens, supostamente baseado na igreja dos apóstolos, não respeita a autoridade apostólica, não respeita as famílias, não respeita os bebês em gestação, etc.
Enquanto o modelo apostólico era baseado no amor e na submissão dos membros à autoridade apostólica, o sistema socialista não envolve amor, compaixão e livre arbítrio, mas apenas uma suposta e forçada “compaixão” que invariavelmente termina em injustiças, ódio e assassinatos.

A teocracia socialista tem base na Bíblia?

O sistema socialista, com seus adeptos nominalmente cristãos que lhe emprestam um alicerce fraudulentamente baseado na primeira igreja apostólica, é nada mais do que uma teocracia pervertida, onde o deus central é o Estado humanista como supremo provedor de todas as necessidades humanas.
Essa teocracia é o maior desafio para os homens desta geração que querem, como Elias, servir a Deus numa sociedade onde todos, até mesmo muitos que usam o nome de Deus, estão prostrados diante do moderno Baal estatal, que impõe aborto e homossexualismo.
A compaixão do socialismo rouba das pessoas, fortalece um Estado tirânico e traz revoluções sangrentas (aborto, sexo livre e desenfreado, abusos sexuais em massa de crianças, infanticídio, abolição da família, abolição do papel da esposa, abolição da autoridade dos pais nas decisões de educação e saúde dos filhos, etc.), forçando todos os cidadãos a entregar seus recursos sob a alegação de que o Estado precisa para ajudar os pobres.
A compaixão de Deus não rouba de ninguém, não tem nada a ver com o Estado e fortalece as famílias, o papel da esposa dentro do lar, o papel do marido e pai, levando todos a contribuir, voluntariamente, para ajudar os pobres.
A teocracia socialista, que se veste de Estado laico, não tem compaixão nenhuma das famílias e seus valores, e muito menos dos cristãos e seus valores.
A teocracia socialista é fruto do pai da mentira, que promete tudo e finge compaixão, mas acaba sempre roubando, matando e destruindo.

Misericórdia sem misericórdia?

Ao alegar que está imitando a igreja primitiva, os estatistas marxistas violam uma separação necessária entre Estado e igreja, impondo sobre a sociedade um modelo de “misericórdia” sem a mínima misericórdia, e dispensando a necessidade indispensável de liderança apostólica cheia do Espírito Santo na administração da misericórdia.
Misericórdia e caridade forçadas não fazem parte de Deus e suas instruções na Bíblia, mas são partes integrantes de todo sistema socialista. Quer queiram ou não, todos são obrigados a pagar impostos mais elevados para sustentar as políticas socialistas supostamente de “misericórdia e caridade”. No plano de Deus, a misericórdia e a caridade dependem exclusivamente do livre arbítrio do cidadão, que é livre para contribuir, pois Deus não o obriga nem lhe cobra impostos para uma misericórdia e caridade forçada. Deus não tem esse nível de tirania.
Quando substitui as funções de misericórdia de Deus, da família e da igreja, o Estado marxista comete um erro fatal — contra o povo, é claro. Não é a toa que o comunismo — que alegadamente quer tudo em comum para todos — tenha assassinado mais de 100 milhões de homens, mulheres e crianças.
O modelo da igreja primitiva, que jamais foi seguido pelo apóstolo Paulo, era livre. Não era estatal. Não era ideológico. Não era imposto pela força da lei a todas as igrejas, muito menos a toda a sociedade. As igrejas hoje que quiserem segui-lo, são livres. Mas o Estado não pode impô-lo, nem tê-lo sem estabelecer primeiramente na liderança governamental a devida autoridade apostólica cheia do Espírito Santo.
O modelo apostólico não envolvia nenhuma ideologia feminista. Não envolvia aborto. Não envolvia homossexualismo. Aliás, o assistencialismo da igreja primitiva não era liderado diretamente pelos apóstolos.
Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra”. (Atos 6:2-4 NVI)
Tentar transferir para o Estado um modelo criado exclusivamente para determinada igreja beira à heresia.
Portanto, a teocracia socialista tem de sofrer resistência de todos os cristãos genuínos, que deveriam apoiar para o Estado o dever de seguir apenas modelos de governo que não interfiram na esfera da igreja e das famílias.

O Estado é a igreja?

O Estado não deveria impor sobre a sociedade a conversão forçada dos cidadãos ao Cristianismo. E o que os “cristãos” marxistas querem é muito parecido: eles querem que o Estado force sobre a sociedade as decisões particulares dos apóstolos que visavam exclusivamente a uma igreja determinada, não a todas as igrejas e muito menos à sociedade secular.
Entretanto, o mais importante é que o Estado que esses pseudo-cristãos querem não é a imagem da igreja primitiva, por mais que aleguem ao contrário. Esse Estado é a imagem das ideias de Platão, das ideias de Marx, das ideias de Stalin.
O modelo apostólico era voltado exclusivamente para a igreja, só aceitando ajudar os mais pobres — que na época eram as viúvas — que tivessem um currículo de bom testemunho (confira 1 Timóteo 5:3-16). Viúvas desamparadas e outros pobres não cristãos não faziam parte da assistência material apostólica. As viúvas cristãs desamparadas precisavam preencher certos requisitos antes de serem aprovadas para receber ajuda, pois os apóstolos eram muito criteriosos e seletivos. Dentro das igrejas apostólicas, o simples rótulo de cristão não garantia assistência material para as viúvas.

Deus aprova roubar em nome dos pobres?

O que os cristãos marxistas fazem é apoiar sistemas de governos que, a pretexto de ajudar os pobres, roubam, mediante políticas injustas de impostos, o dinheiro dos cidadãos que trabalham.
Os apóstolos não roubavam nem nunca recorreram ao Estado ou ao estabelecimento de leis estatais para tirar os bens das pessoas.
Portanto, usar o modelo apostólico de administração de igreja para sustentar um sistema de governo que rouba em nome da compaixão é uma perversão da missão da igreja e da missão do Estado.
A missão da igreja — que são os cristãos lavados pelo Sangue de Jesus e comprometidos com Ele — é pregar o Evangelho a todos e dar assistência material aos pobres exclusivamente conforme o critério apostólico.
A missão do Estado é não interferir nem substituir a igreja nessas importantes funções.
A missão do Estado é exclusivamente manter a ordem social e punir os criminosos, preservando assim um ambiente social pacífico em que a sociedade e a igreja possam desempenhar tranquilamente suas funções.
Eu não sei bem como seria uma sociedade administrada pelos apóstolos. Mas não seria uma sociedade com aborto e homossexualismo. Enquanto “cristãos” da teologia marxista se mobilizam por qualquer político que tenha como propaganda “ajudar os pobres”, os apóstolos seriam, como sempre, criteriosos e seletivos. Eles não cometeriam o erro tão comum dos “cristãos” marxistas de entregar populações inteiras a governantes que, em nome de uma compaixão pelos pobres, impõem a tirania marxista, com muito derramamento de sangue, ou por revoluções ou pelo aborto.

Teocracia socialista no Antigo ou Novo Testamento?

Os juízos e cobranças de Deus contra o Estado de Israel no Antigo Testamento são abundantemente usados pelos adeptos da teologia da missão integral como prova de que Deus quer um Estado comprometido com sua visão socialista. Mas há problemas sérios nessa interpretação. O Israel do Antigo Testamento era teocrático e misturava e encarnava funções de Estado e Igreja. Somente um Estado teocrático pode fazer essa mistura.
Contudo, no Novo Testamento, o Apóstolo Paulo essencialmente “desteocratizou” o Estado, reconhecendo-lhe apenas, conforme desígnio de Deus, a responsabilidade de castigar os maus e elogiar os bons. Às igrejas fica a responsabilidade de mostrar a compaixão e amor de Deus à sociedade, inclusive atuando como consciência moral e profética do Estado, nunca o usando para impor, em nome de uma misericórdia ou caridade forçada, sobre a sociedade ideologias estranhas ao Evangelho. Às igrejas também fica, conforme os rigorosos critérios apostólicos já estabelecidos, a responsabilidade de dar ajuda material aos pobres dentro da igreja.
A teocracia socialista, com toda a sua pregação de compaixão pelos pobres, sua obsessão pelo aborto e homossexualismo e roubo e controle sistemático dos cidadãos através de iníquas políticas de impostos, não espelha o modelo de administração que havia na igreja dos 12 apóstolos. Não espelha também o coração de Deus, que quer que todo ato de ajuda aos pobres, na igreja ou na sociedade, seja feito voluntariamente por amor, não por força, violência ou impostos.
Nem o Estado tem direito de tirar das pessoas o livre arbítrio de decidir livremente o que fazer com o que ganham com seu trabalho. Afinal, por mais que Deus ame os pobres, um dos Dez Mandamentos não é sobre ajudar os pobres, mas uma proibição categórica de não se roubar. Uma proibição que vale tanto para uma pessoa quanto para o Estado.
E o primeiro mandamento não é “adorar o Estado acima de todas as coisas”. É adorar a Deus acima de todas as coisas. Só isso já é suficiente para mostrar que a pregação dos “cristãos” progressistas não tem nada a ver com a pregação dos 12 apóstolos e de Paulo.
Só isso já basta para tornar completamente desnecessário, ilegal e criminoso todo sistema de governo baseado na teocracia socialista, que coloca o Estado como supremo deus “compassivo” e provedor de tudo acima do único e verdadeiro Deus compassivo e provedor de tudo.
Fonte: www.juliosevero.com

Ariovaldo Ramos: seu lamentável apoio ao ditador marxista Hugo Chávez

Julio Severo
Hugo Chávez morreu (provavelmente meses atrás), mas a oficialização recente de sua morte trouxe lamentos de notórios ditadores e terroristas do mundo inteiro, inclusive de Cuba e do Irã.O povo venezuelano, em parte, também foi induzido aos lamentos. Mas tal conduta é explicável pela total manipulação social do regime comunista estabelecido como um câncer na Venezuela.
O lamento mais patético veio de um líder evangélico brasileiro, que disse que “Todos os que, em todo lugar, lutam pela erradicação da pobreza, pela emancipação do ser humano, e por justiça e acesso ao direito para todos, tiveram, em Hugo Chávez, uma referência de compromisso para com o pobre, para com o despossuído, para com o injustiçado.”
Ariovaldo Ramos
A declaração foi feita por Ariovaldo Ramos, considerado um dos “profetas” da Teologia da Missão Integral — que, de acordo com ele mesmo, é a vertente protestante da marxista Teologia da Libertação.
Se um homem que estabeleceu um governo populista merece ser referência, por que então não colocar nesse mesmo pedestal Adolf Hitler, cujo governo era voltado para as classes trabalhadoras?
De forma semelhante, Hitler nutria pelos judeus os mesmos sentimentos manifestos em Chávez, que publicamente amaldiçoou Israel, conforme registrado neste vídeo em espanhol: http://youtu.be/Mgp5oReu8Go
Hoje, ficamos chocados quando lemos sobre pastores luteranos que apoiavam o governo populista de Hitler, que foi eleito democraticamente.
Ficaríamos muito mais chocados se aparecesse algum pastor dizendo que conviveu com Hitler.Por que então não ficamos indignados quando Ariovaldo Ramos, que é um dos líderes da Aliança Evangélica, diz que agradece a Deus “pelo privilégio de ter convivido com essa personalidade de minha geração, com quem tive o privilégio de estar por duas vezes”?
Ariovaldo, que é filho espiritual de Caio Fábio, não louvou a Deus por pregar o Evangelho ao ditador venezuelano que detestava Israel e amava os ditadores de Cuba, Irã e outros países marcados pela sanguinária perseguição aos cristãos. Ele louvou a Deus como se Chávez tivesse sido um grande exemplo de espiritualidade, integridade e amor.A única referência importante de Chávez era como ditador marxista.
Sei que pastores protestantes podem ser enganados. Isso aconteceu na Alemanha nazista, com a cegueira dos pastores que apoiaram o populista Hitler. Está acontecendo nos EUA, com pastores apoiando o populista Obama. E está acontecendo no Brasil, com pastores que apoiaram o populista Lula e hoje apoiam a populista Dilma Rousseff.Um pastor amigo meu visitou a Venezuela e se encontrou com pastores, que desabafaram que sua nação, tão oprimida pelo governo marxista mentiroso de Chávez, precisava de ajuda para sair desta prisão, e tudo o que conseguiu foi uma comitiva do Brasil de anos atrás para trazer a solidariedade pró-Chávez do governo Lula.
Na comitiva, veio Ariovaldo Ramos, que se encontrou com o ditador venezuelano representando os evangélicos.Para os desanimados pastores venezuelanos, ficou a impressão trágica de que Ariovaldo, em seu entusiasmo pelo marxismo reinante na Venezuela, representou os sentimentos da população evangélica do Brasil.
Não lamento a ida de Hugo Chávez às profundezas do inferno. Mas lamento que um líder que se diz evangélico deturpe o caráter de Deus, que quando encarnado em Jesus Cristo, não quis continuar fazendo multiplicação de pães a fim de evitar ser populista.A missão dEle era se apresentar como Pão da Vida, Pão espiritual, conforme João 6.
Lamento profundamente que Ariovaldo tenha confundido o Pão da Vida com as migalhas de Chávez e sua religião marxista.Em seu lamento de puxa-saco, Ariovaldo disse: “o melhor que se pode dizer de alguém é que, porque ele passou por aqui, o mundo ficou melhor! Isso se pode dizer de Hugo Chávez!”
Eu posso dizer isso dos profetas da Bíblia e principalmente de Jesus. Mas dá para se dizer isso de Hitler, Stálin, Fidel Castro e Hugo Chávez, ainda que todos eles tivessem sido populistas? Ao Chávez de sua época, Jesus disse: “Meu Reino não é deste mundo.” (João 18:36 KJA)
Lamento lhe dizer, Ari, mas o seu reino é totalmente deste mundo.
Fonte: www.juliosevero.com

          COMENTÁRIO:
Talvez o divórcio de sua esposa tenha deixado o Ari totalmente fora de noção do perigo quando quer fazer aliança espúrias com as forças do mal que aqui, nessa geração, é muito bem representado pela ideologia Marxista - comunista que agora braça a causa Gay e aborto que alias, é fortemente apoiado por muitos pastores cristãos evangélicos históricos . Lastimável e lamentável a total cegueira espiritual desses cristãos progressistas - comunistas ao tentar associar o Senhor Jesus e seu Evangelho da salvação e da esperança com a podridão , iniquidade e pecado que representa o marxismo - comunismo nessa geração. Mesmo com o exemplo do Caiuu Fabio, que entrou nessa barca bem furada de tentar aproximar os cristãos tupiniquins com a ideologia comunista, temos um clássico exemplo de adultério e de escândalos financeiros, pois como diz em Hebreus, " Horrenda coisa e cair nas mãos do Deus vivo".
E vocês acham que com essa turma, esses pastores que apoiam , divulgam e anunciam a ideologia ateísta - marxista comunista em suas igrejas estão isentos da Indignação de Deus ? Olhem para o Caiuuu Fabio e vocês saberão a resposta.

Pastor Caleb.

Teologia da Missão Integral e as manhas de Ariovaldo Ramos

                                                                  Edson Camargo                                                                     
É bom quando o culpado confessa o delito. Facilita o trabalho e reitera o valor e a veracidade de informações que divulguei, sob grossa nuvem de críticas baseadas na ignorância ou na mentira grosseira. Mais uma vez ele, Ariovaldo Ramos, ao vivo e a cores, fez o de sempre: inseriu teses seculares falsas na fé cristã. Admitindo que a “teologia” da “missão integral” (TMI) não faz uso do referencial teórico marxista, “apenas” (jamais esquecerei este “apenas”) da tese da mais-valia e da crítica ao capitalismo. Deu na Ultimato meses atrás.
Ariovaldo Ramos
Nesta quinta-feira (20), Ariovaldo Ramos publicou o mesmo texto em seu blog, justamente sem o trecho onde afirma isso e então enviou o link para o seu amigão de longa data Renato Vargens, que havia, antes tarde do que nunca, falado algo contra a TMI. Entendeu com quem estamos lidando? É assim que o “Ari” trata de questões espirituais e intelectuais com quem considera seu amigo.
Vargens, como muitos outros, prefere manter a amizade com o promotor de uma teologia falsa a, em obediência ao verdadeiro Evangelho (2ª Jo. 9 a 11), manter distância daquele que o distorce para contaminar o povo de Deus.
Bem, além de estarmos diante de mais um caso no qual a dissimulação revolucionária é pega em flagrante, temos o mais importante: a mais-valia é simplesmente a tese central da obra de Marx, e sobre ela é que Marx constrói sua teoria da exploração, sua crítica ao livre mercado e legitima suas incitações à “luta de classes”, à barbárie e à matança. E o pior: a teoria da mais-valia é falsa. O valor de um bem de capital não se restringe ao que se chamou de “valor-trabalho”, a quantidade de trabalho utilizado na fabricação de um bem. Marx afirma que, como o salário pago ao proletário é inferior ao valor-trabalho aplicado na produção da mercadoria, aí fica manifesta a exploração inerente ao sistema de livre mercado, pejorativamente chamada por ele de “capitalismo”.
Marx, aí, não leva em conta a dimensão subjetiva do valor dos bens de consumo, nem os demais elementos fundamentais para a produção do bem, como toda a estrutura necessária e os custos para mantê-la, o conhecimento aplicado para o desenvolvimento dos produtos, os equipamentos, etc. Portanto, a legitimidade do lucro do empregador não só existe, como é maior do que até mesmo certos críticos do marxismo gostariam de admitir. Que tal ler Eugen von Böhm-Bawerk? Não que seja absolutamente indispensável: se você entende minimamente o que na primeira lição de um curso de marketing se ensina, o conceito de “valor agregado”, já tem em mãos o suficiente para lançar toda a teoria econômica marxista no lixo, e junto com ela, toda a lorota raivosa e genocida da ideologia socialista.
Nunca na história teses tão falsas fizeram matar e morrer tanta gente. E aí, Ariovaldo, ícone da TMI, apologista do MST e fã de Hugo Chávez, assume que mistura justamente essa asneira, raiz de tantos males, com a fé cristã. E o resto, sabemos: é puro discurso legitimador para os incautos e vaidosos. Com ele, as hostes revolucionárias vão adentrando nossas igrejas e conquistando a boa-fé de massas de cristãos intelectualmente desprotegidos.
O grande erro nesse debate é pensar que a discordância com a TMI se reduz meramente ao campo da visão político/ideológica. Negativo! O que está em jogo é a hermenêutica bíblica sadia, pois a TMI, com todo seu pesado fardo revolucionário, insere ênfases que desnorteiam a leitura adequada de certas passagens, contrariando, assim, certos princípios fundamentais da fé e jogando outros para um segundo plano. A grave conseqüência é a distorção completa de toda a visão bíblica sobre a dimensão econômica da vida humana e, portanto, da ação dos cristãos na esfera pública. Na verdade, eis o grande objetivo da TMI, e aí está, aos olhos de todos, a atuação política de seus entusiastas, e dos aliados, novos e velhos, de Ariovaldo Ramos.
Mas não há mistura entre a luz do Evangelho com as trevas do marxismo. Ainda restam dúvidas que o PT se opõe a todos os valores mais caros aos cristãos brasileiros? O que dizer da histórica aliança do PT com as FARC, que fechou 150 igrejas cristãs na Colômbia só em 2013, e de 2004 a 2009 fechou 130? Que cristianismo é este que louva o comunismo e se cala ante a perseguição brutal e sistemática de cristãos? Até hoje não vi uma criatura da “esquerda gospel” abrir a boca contra a perseguição anticristã do Foro de São Paulo.
Entretanto, há quem ainda pensa que deve se esperar um mínimo de sinceridade do PT quando seus lideres dialogam com cristãos.
Portanto, tudo o que resta ao cristão interessado na pureza dos princípios da fé cristã é repudiar, de forma sistemática e firme, essa farsa chamada “teologia” da “missão integral”. A séria advertência do apóstolo João continua válida: “todo aquele que ultrapassa a doutrina, mas vai além dela não tem a Cristo”.
Fonte: GospelPrime

sábado, 29 de março de 2014


Surpreendido com a Voz de Deus

Jack Deere, Surpreendido com a Voz de Deus (São Paulo: Editora Vida, 1998).Tradução do original em inglês Surprised by the Voice of God (1996), download.

Julio Severo
Anos atrás, alguém me escreveu pedindo orientação sobre dons do Espírito Santo. O que eu poderia fazer era recomendar um bom livro. Lembrei-me então do “Surpreendido com a Voz de Deus,” escrito por Jack Deere.

Surpreendido com o “golpe”

Procurei-o no Google e um dos resultados iniciais da busca foi:
Jack Deere, Surpreendido com a Voz de Deus (São Paulo: Editora Vida, 1998). Tradução do original em inglês Surprised by the Voice of God (1996).
O Google anunciava que era um arquivo em PDF. Uau, pensei eu! Enfim, encontrei o livro!
Conforme registro do Google em 16 de janeiro de 2014
Mas ao entrar no link do suposto arquivo de PDF do livro, acabei no site da Universidade Mackenzie. Acabei exatamente num artigo totalmente contrário ao testemunho de Jack Deere.
Que decepção! É comum, vindo de sites seculares enganadores, procurar um livro e parar num site que atrai o usuário com algumas descrições do livro, oferecendo às vezes um vírus no lugar.
O óbvio do documento mackenzista disfarçado de livro sobre dons era o vírus cessacionista.
De qualquer forma, deixei o assunto para lá.
Dias atrás, um jovem no Facebook pediu-me orientação sobre dons do Espírito Santo. Novamente, procuro o livro de Jack Deere e encontro a mesma descrição, no mesmo local: Universidade Mackenzie.

O cessacionismo de Mauro Meister

O artigo, que é assinado por Mauro Meister, teólogo e professor na Universidade Mackenzie, diz: “o argumento básico [de Jack Deere] é que não existe uma base adequada para aposição cessacionista e a experiência demonstra que os dons proféticos são concedidos ainda hoje.”
A óbvia postura de Meister é que o cessacionismo é a posição natural que todo cristão hoje deve ter, e Jack Deere precisa ser refutado por acreditar que “os dons proféticos são concedidos ainda hoje.”
Não só refutado, mas evitado. Mais adiante, Meister avisa o leitor:
“O livro de Deere, que deve cair nas mãos de muitos crentes de língua portuguesa, pode se tornar um grande peso para alguns.”
“Certamente não posso recomendar a leitura do livro como proveitosa, e sim alertar pastores e estudiosos de que este livro irá trazer mais confusão do que esclarecimento.”
E para “proteger” os internautas da “confusão” do sobrenatural do Espírito Santo, Meister aplica o golpe do documento cessacionista que, de início, aparenta ser o próprio livro de Deere livremente disponível para o cristão que anseia conhecer mais sobre profecia e outros dons. (Seguindo o exemplo de Meister, estou aplicando o mesmo “golpe,” ao colocar as referências do livro logo no início deste artigo.)
O perigo visto por Meister é não só a opinião de Deere de que ainda hoje Deus concede dons sobrenaturais, inclusive profecia, mas especialmente porque Deere desmonta a postura teológica contrária a essas ações de Deus. Essa postura antibíblica, comumente, se chama “cessacionismo.”

Outras confusões no Mackenzie

Esta não é a primeira vez que lido com o assunto cessacionismo e Mackenzie ao mesmo tempo. Já precisei lidar levemente com esse assunto no meu artigo “Jean Wyllys no Mackenzie.”
Muito diferente do ensino de Deere, que é bíblico, o que poderia provocar real confusão é a atitude do ex-chanceler do Mackenzie que se envolveu desnecessariamente numa guerra contra Julio Severo exclusivamente por causa de um bispo marxista assassinado pelo filho, conforme consta neste artigo: “Robinson Cavalcanti, o pecado veio cobrar a sua conta”
Outra confusão é um dos professores do Mackenzie, Ricardo Bitun, ser co-autor de um livro, juntamente com Ariovaldo Ramos, uma das colunas da Teologia da Missão Integral, que é a versão protestante da marxista Teologia da Libertação. Meses atrás, Ariovaldo louvou Hugo Chávez como um dos melhores homens que o mundo já teve.
A posição cessacionista, que é muito bem aceita por alguns teólogos muito estudados e está em meio a essas confusões de alguns teólogos do Mackenzie, defende que os dons sobrenaturais como línguas estranhas e profecias existiam somente no primeiro século da Igreja Cristã. Hoje, cessaram.

Meister: Em conflito com a Bíblia e com renomados teólogos calvinistas

Essa posição entra em conflito com várias ensinos claros da Palavra de Deus, inclusive uma mensagem que Pedro deu logo após o derramamento do Espírito Santo em Atos 2:
“Nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre todos os povos, os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.” (Atos 2:17-18 KJA)
A mensagem apostólica de Pedro deixou claro que também nos últimos dias o derramamento do Espírito Santo (com profecias, visões e sonhos sobrenaturais) estaria disponível a todos os povos. Quem vê as várias igrejas pentecostais no Brasil, especialmente a Assembleia de Deus, não tem dúvida de que Deus está cumprindo sua Palavra. Quem vê o movimento carismático na Igreja Católica não tem dúvida da fidelidade de Deus.
A postura cessacionista de Meister entra também em conflito com outros importantes estudiosos calvinistas do mundo.
Jack Deere
O teólogo calvinista Wayne Grudem é autor de uma famosa Teologia Sistemática, que traz, em suas primeiras páginas, uma recomendação pessoal de Jack Deere, que disse:
“A Teologia Sistemática de Grudem está destinada a ser tornar um clássico. Ele leva seus leitores a atravessar as áreas mais polêmicas e difíceis da teologia com clareza inigualável… Essa obra tem a capacidade de levar o iniciante ao processo de madura reflexão teológica bem como desafiar e encantar o teólogo experiente. Nunca gostei tanto de uma teologia sistemática quanto essa.”
Evidentemente, Grudem evitou o conselho de Meister de se evitar Deere!
Outro renomado teólogo presbiteriano, J. Rodman Williams, é autor de outra importante obra, “Renewal Theology: Systematic Theology from a Charismatic Perspective” (Teologia da Renovação: Teologia Sistemática a partir de uma Perspectiva Carismática).
Em sua Teologia da Renovação, Williams diz: “Deus, o Deus vivo, é o Deus de revelação. Ele está pronto para conceder por meio de Seu Espírito um espírito de revelação e sabedoria para conhecermos Cristo mais profundamente e também por meio de revelação e profecia está pronto para falar a Seu povo. Deus não mudou em Seu desejo de se comunicar diretamente com aqueles que pertencem a Ele.”
Portanto, é fato que Jack Deere, em sua convicção de que Deus dá hoje esses dons, não está sozinho. O teólogo presbiteriano J. Rodman Williams também mostra que o cessacionismo não é necessariamente característica padrão de todos os presbiterianos.
Wayne Grudem
Em sua Teologia Sistemática, Grudem comenta sobre o derramamento do Espírito Santo em Atos 2:17-18 (com as visões, profecias e visões sobrenaturais):
“Dons espirituais são distribuídos a todos os homens e mulheres, começando no Pentecoste e continuando em toda a história da igreja.”
A postura teológica de Meister não está, assim, em conflito apenas com o testemunho de Deere. Está em conflito com a espiritualidade de milhões de cristãos pentecostais e neopentecostais do Brasil. Está em conflito com calvinistas renomados que igualmente acreditam que Jesus Cristo, que dava dons no passado, continua dando hoje. Está em conflito grave com a Bíblia, que não apoia a teologia do cessacionismo.

Cessacionismo e apostasia protestante na Europa

Meister parece pensar que se a Igreja de Jesus Cristo hoje evitasse profecias, revelações e outros dons, tudo seria uma maravilha. Posso citar um exemplo prático: a Europa. Ninguém nega que as grandes denominações protestantes na Europa estão morrendo. A Igreja Presbiteriana da Escócia, que durante séculos foi referência para os calvinistas do mundo inteiro, está hoje ordenando pastores homossexuais. Isto é, o pouco que resta das grandes denominações protestantes europeias está optando pela apostasia.
E durante muito tempo o que mais predominava entre essas igrejas? O cessacionismo. Li esta semana sobre a experiência de um pastor luterano na Alemanha que foi chamado para atender uma família que era membro tradicional de sua igreja. A moça da família tinha “alucinações” e ataques. Quando o pastor fez uma oração, a moça caiu e talheres e outros objetos da casa começaram a se mover e se bater.
O pastor ficou atônito, sem entender a moça caída no chão se contorcendo. Ele chamou o médico, que também pouco pôde ajudar. A moça dizia que costumava ver a aparição de uma mulher morta com um bebê nos braços, e objetos se movimentando e batendo era experiência comum em sua casa, especialmente de noite ou quando alguém orava.
Esse caso mostra que o diabo — que veio para matar, roubar e destruir — não cessou suas obras. Mas as manifestações do Espírito Santo, disponíveis aos cristãos para confrontar as obras das trevas, não estão mais presentes, porque grandes denominações protestantes da Europa ensinam suas minguantes congregações que Deus cessou seus dons sobrenaturais.

Cessacionismo calvinista refutado por calvinistas renovados

Eu poderia escrever um artigo mais extenso sobre a atitude de certos teólogos calvinistas atacarem o testemunho ou a defesa bíblica de cristãos a favor de profecias, revelação e outros dons hoje, mas não preciso reiventar a roda. Wayne Grudem, Jack Deere e John Wimber, como colegas ministeriais de linha calvinista no movimento Vineyard, escreveram importantes documentos teológicos refutando teólogos cessacionistas que atacaram, por meio de más interpretações bíblicas, a abertura das Igrejas da Vinha aos dons e manifestações sobrenaturais do Espírito Santo.
Os principais documentos teológicos são “Power & Truth: A Response To The Critiques Of Vineyard Teaching And Practice By D. A. Carson, James Montgomery Boice, And John H. Armstrong In Power Religion” (Poder e Verdade: Resposta às Críticas do Ensino e Prática da Vineyard feitas por D. A. Carson, James Montgomery Boice e John H. Armstrong em seu artigo “Religião de Poder”), escrito por Wayne Grudem, e “Vineyard Position Papers #1–3” (Documentos de Posturas da Vineyard), escrito por Wayne Grudem, Jack Deere e John Wimber.
É o confronto entre calvinistas equilibrados que acreditam nas manifestações sobrenaturais do Espírito Santo e calvinistas que não acreditam e atacam os que acreditam. É o confronto entre a verdade bíblica e a má interpretação teológica.
O movimento Vineyard não foi atacado somente por setores calvinistas radicalmente cessacionistas. No Brasil, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) atacava com muito mais ferocidade a Vineyard uns 15 anos atrás. O problema da IURD é que ocupa uma posição isolada no meio pentecostal e neopentecostal: desde seu nascimento, a IURD é cessacionista. Seu dono ensina que Deus não dá hoje profecias, revelações e outros dons sobrenaturais e que todas essas manifestações são demoníacas — pensamento não muito diferente de Meister e colegas teólogos cessacionistas.
Os colegas dele nos EUA ocupam seu tempo e conhecimento teológico para atacar as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo hoje — comportamento não muito diferente do que venho denunciando no Brasil como “esquerda apologética,” composta em grande parte por autodenominados apologetas calvinistas, cuja ocupação é pretensamente atacar “exageros” de igrejas pentecostais e neopentecostais. Por baixo dos panos, usam tal “apologética” recheada de mexericos para avançar o esquerdismo. Pelo menos, dois grandes tabloides calvinistas autodenominados “apologéticos” já saíram do armário esquerdista: Púlpito Cristão (http://bit.ly/11U5Kxa) e Genizah (http://bit.ly/1cHdSXT).
Não é impróprio citar Meister e o tabloide Púlpito Cristão juntos. No livro dos pretensos maiores blogueiros do Brasil, lançado pela VINACC neste ano, constam juntos o nome de Meister e Leonardo Gonçalves, dono do tabloide.
O esquerdismo dos tabloides calvinistas já foi amplamente exposto no meu blog. O importante aqui é lidar com um aspecto pouco tratado: as razões para a hostilidade de alguns teólogos calvinistas às manifestações sobrenaturais do Espírito Santo hoje.
Para tratar desse assunto, entrevisto Edson Camargo, jornalista e dono do blog Profeta Urbano:

Cessacionismo: teologia da incredulidade — entrevista com Edson Camargo

Blog Julio Severo: O que mais lhe chamou a atenção na resenha de Mauro Meister sobre o livro Surpreendido com a Voz de Deus, de Jack Deere?
Edson Camargo: Sinceramente, Julio, a fragilidade da argumentação. A certa altura, Mauro Meister comenta:
“A pergunta que nos fica é como validar essas experiências do autor. Só podemos contar com o relato e a interpretação que ele mesmo dá! Um problema fundamental é o daquelas pessoas que perguntam: E por que Deus não fala assim comigo?”
Bem, como então validar a experiência de conversão de Mauro Meister? Só podemos contar com o relato e a interpretação que ele mesmo dá. A pergunta de Meister sobre as experiências de Jack Deere só faz sentido se desprezarmos toda experiência espiritual que se dê puramente no âmbito subjetivo, na vida interior da pessoa. “Só podemos contar com o relato e a interpretação que ele mesmo dá!” diz Meister, esquecendo que é exatamente com base nestas experiências interiores que é possível ao cristão dar o testemunho da experiência do novo nascimento, do abandono de velhos pecados, da cura das emoções por meio do perdão, e das mudanças no caráter por meio de firmes decisões baseadas na obediência às Escrituras e ao Espírito Santo.
Meister, aqui, fala de forma análoga ao ateu ou o agnóstico, que, por nunca ter experimentado o novo nascimento em Cristo, fica pedindo mil e uma evidências para um cristão que sabe que o novo nascimento é, antes de tudo, uma experiência interior, da alma.
No fim das contas, o cessacionismo, entendido como a negação da contemporaneidade de dons sobrenaturais do Espírito como curas, línguas e profecias, é exatamente isto: uma teologia da incredulidade.
Blog Julio Severo: Você consideraria válida a crítica de Meister relativa às possíveis frustrações de algumas pessoas, caso não experimentassem o que Jack Deere passou a viver assim que passou da posição cessacionista para a crença na atualidade dos dons sobrenaturais do Espírito Santo?
Edson Camargo: O que Meister fez foi lançar uma hipótese pessimista: “algumas pessoas podem se frustrar”. Por que não lançar também uma hipótese na direção oposta? “Agora, pessoas que tinham restrições ou desconfiança com os dons sobrenaturais do Espírito podem, a partir dos relatos e argumentos de Jack Deere, abrir-se para toda uma nova dimensão de possibilidades, de intimidade com Deus e de produção de frutos espirituais em suas vidas”. Não foi justamente essa a intenção de Jack Deere em sua obra?
Quando Meister e cessacionistas semelhantes a ele, sejam calvinistas ou não, afirmam que “um problema fundamental é o daquelas pessoas que perguntam: E por que Deus não fala assim comigo?”, podemos concluir que esse pode ser precisamente o caso deles. Por outro lado, milhões de cristãos renovados, carismáticos, pentecostais e neopentecostais, que compõem a maior parcela da igreja evangélica no Brasil, SABEM que, mesmo crendo nos dons sobrenaturais do Espírito, muitas vezes se experimenta “o silêncio de Deus” em mais de uma área da vida. Um silêncio que, para os cessacionistas, parece ser a coisa mais normal da vida cristã. É o caso do surdo de nascença que duvida da existência da música.
Blog Julio Severo: O comentário de Meister, então, ao seu ver, ilustra um desconhecimento real sobre como é vivido o Evangelho pela maior parte das igrejas protestantes históricas do Brasil hoje?
Edson Camargo: Sim, essa, na verdade, é uma implicação do cessacionismo em si mesmo.  Mas não a única. Até pelo fato de ser uma posição a cada dia mais rejeitada pela totalidade dos evangélicos, o cessacionismo impõe ao seu defensor ficar numa situação delicada: acreditar e defender, ainda que não com toda a franqueza e contundência, que todo cristão renovado, carismático, pentecostal ou neopentecostal está sempre “viajando na maionese” ou é um impostor, quando o assunto são as experiências com os dons sobrenaturais do Espírito Santo.
Blog Julio Severo: A acusação de Meister, de que crer na atualidade dos dons sobrenaturais do Espírito Santo equivaleria a rejeitar o “Sola Scriptura”, faz algum sentido?
Edson Camargo: Não, nenhum. Não se conhece nenhum líder ou teólogo sério que seja um protestante renovado, carismático, pentecostal ou neopentecostal que negue a suficiência das Escrituras Sagradas. Se há algo que não traz o risco da revogação da autoridade, da completude e da inerrância das Escrituras é a crença na contemporaneidade dos dons espirituais, que, antes de tudo, leva as pessoas de volta à leitura das Escrituras, e nelas têm sua atuação com os dons descrita, defendida e incentivada. “Dou graças a Deus que falo em línguas mais que todos vocês”, diz o apóstolo Paulo, na Palavra que “permanece para sempre”. Falando uma coisa dessas — e aqui parafraseio uma crítica de J. Rodman Williams a cessacionistas dos EUA — o apóstolo jamais seria convidado para escrever na Fides Reformata.
O outro lado, o dos renovados, pentecostais, etc., se fundamenta no sentido mais imediato e literal de diversas passagens bíblicas, mas com uma diferença: além de tudo, têm os FATOS ao seu favor: são curas, palavras confirmadas, experiências pessoais diversas, milagres e maravilhas acontecendo em suas igrejas, em suas casas, e entre seus irmãos na fé. E mais: são fatos recorrentes, associados a pessoas que creem não só na contemporaneidade dos dons, como na posse real de alguns destes dons. É verdade que nem sempre o fato do milagre aponta para a presença real do dom relacionado a ele, mas é digno de nota que relatos de milagres sejam muito mais frequentes nos ambientes nos quais se crê na atualidade dos dons. Portanto, para reforçar a veracidade dos relatos de Jack Deere, temos mais que apenas seus relatos e interpretações. Temos o testemunho de milhões de cristãos que creem na contemporaneidade dos dons sobrenaturais do Espírito Santo.
Blog Julio Severo: Com a maioria esmagadora dos evangélicos brasileiros rejeitando a posição cessacionista, com um número crescente de grandes teólogos passando a crer na atualidade dos dons de milagres, curas e profecias, e um crescimento mais acelerado das denominações carismáticas e pentecostais do que das denominações cessacionistas, como você vê reações com a de Mauro Meister, nesta resenha, e outras?
Edson Camargo: Penso que a fragilidade da posição cessacionista está ficando cada vez mais notória. O que restou a Mauro Meister nesta resenha? Lançar dúvidas sobre a veracidade dos relatos de Jack Deere, sem base objetiva alguma. Juízo temerário puro e simples. Mas para os cessacionistas, não há alternativa. Para eles, se é que de fato acreditam em sua posição teórica, os relatos de pessoas que vivem a realidade dos dons do Espírito Santo ou são mentira, ou são pura alucinação. Ou talvez ainda a evidência do poder da auto-sugestão. Tudo o que eles fazem em relação à contemporaneidade dos dons é se ater ferrenhamente a uma tese teológica muito débil e altamente questionável: “as prescrições dadas nestes versículos não valem mais para os dias de hoje”. E então acrescentam outras justificativas, de cunho muito mais teórico e especulativo do que estritamente bíblico.