O que todo cristão precisa saber sobre Israel
Pouco
antes de Jesus subir ao céu, depois de sua morte e ressurreição, seus
apóstolos lhe trouxeram sua mais importante pergunta.
Então
os que estavam reunidos lhe perguntaram: “Senhor, é neste tempo que
vais restaurar o reino a Israel?” Ele lhes respondeu: “Não lhes compete
saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria
autoridade”. (Atos 1:6-7 NVI)
Essa
pergunta os estava inquietando há muito tempo. Afinal, eles eram judeus
e sabiam que Deus tinha promessas especiais para Israel, inclusive para
sua restauração política. E eles queriam saber o que aconteceria com
Israel. Em sua resposta, Jesus se limitou a dizer que, no coração do
Pai, Israel teria no futuro uma restauração, conforme o Pai estabeleceu
com sua própria autoridade. Depois de dar essa resposta, Jesus fez com
que seus discípulos focalizassem sua atenção para os tremendos recursos
que Deus estava lhes dando para levar o Evangelho ao mundo inteiro. A
igreja estava nascendo com poder e autoridade para dar um testemunho de
impacto internacional.
Em seguida, Jesus disse: “Mas
receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão
minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os
confins da terra.” (Atos 1:8 NVI)
A
questão da restauração de Israel era assunto para o Pai resolver no
futuro. Naquele momento, o que era importante era voltar a atenção para o
nascimento da igreja — que não era uma instituição, mas um agrupamento
de homens e mulheres escolhidos e salvos por Jesus, homens e mulheres
seguidores apaixonados e comprometidos com Jesus.
Assim,
Jesus os orientou a se envolver naquele momento exclusivamente com o
nascimento de sua igreja, pois a restauração de Israel era
responsabilidade do Pai. Na agenda do Pai, a igreja então estava marcada
no presente para ser abençoada e Israel estava marcado para receber
atenção, visitações e bênçãos especiais de restauração no futuro. Deus
tinha planos especiais para a igreja no presente e ele tinha planos
especiais para Israel no futuro. A igreja e Israel têm rumos e missões
diferentes.
Israel,
como nação, poderia experimentar essa restauração durante o nascimento
da igreja, ou até antes, mas sua dureza contra Deus adiou o projeto de
Deus para eles. Aliás, por causa dessa dureza, eles foram, como nação,
disciplinados de modo espantoso. Não muito depois do nascimento da
igreja, os judeus foram expulsos de seu país, a terra de Israel. Eles
permaneceram quase dois mil anos longe de sua terra. Esse castigo foi
resultado de sua rejeição ao Messias, que havia vindo para salvá-los.
Contudo, tal forte castigo também mostra os cuidados de Deus, pois ele
disciplina os que estão dentro de seus projetos. “Pois o Senhor corrige quem ele ama e castiga quem ele aceita como filho.” (Hebreus 12:6 NVI)
Por
causa de sua teimosia, os judeus viveram quase dois mil anos longe de
sua terra — terra que Deus lhes deu em sua aliança eterna com Abraão,
Isaque e Jacó. Mas tal teimosia não durará para sempre, pois com ou sem
teimosia, Deus é fiel e cumprirá suas promessas a Abraão, Isaque e Jacó.
O Apóstolo Paulo expõe um importante mistério divino acerca do futuro
de Israel:
Meus
irmãos, quero que vocês conheçam uma verdade secreta para que não
pensem que são muito sábios. A verdade é esta: a teimosia do povo de
Israel não durará para sempre, mas somente até que o número completo de
não-judeus venha para Deus. É assim que todo o
povo de Israel será salvo. Como dizem as Escrituras Sagradas: “O
Redentor virá de Sião e tirará toda a maldade dos descendentes de Jacó.”
(Romanos 11:25-26 NTLH)
A palavra teimosia vem da palavra grega original porosis, que significa dureza, cegueira, insensibilidade.
Tal insensibilidade quer dizer que os judeus estão vivendo como pedras,
totalmente fechados, para o Messias. Essa cruel cegueira os faz recusar
Jesus e os faz criticarem os evangélicos que apóiam a aliança eterna de
Deus com Israel. Os judeus progressistas, esquerdistas e liberais nos
EUA e em Israel — que abrangem uma grande parte da população judaica
desses países — tentam minar e atacar todo apoio cristão a Israel com
base em promessas bíblicas. Eles não aceitam essas promessas e só se dão
bem com evangélicos esquerdistas ou liberais. O socialismo desses
judeus veio de seus pais e avós europeus, que até introduziram em Israel
práticas sociais que têm tudo a ver com o socialismo e nada a ver com a
milenar tradição judaica: os kibutz e o aborto legalizado. O socialismo
tem um enorme apelo entre a maioria dos judeus, que hoje estão fechados
para Deus. Aliás, o próprio Karl Marx, fundador da ideologia comunista e
socialista, era judeu.
Os
judeus socialistas do mundo inteiro, assim como todos os socialista do
mundo inteiro, de maneira geral rejeitam os propósitos de Deus. O judeu
socialista americano Tony Kushner declarou:
“Eu queria que o Israel moderno não tivesse nascido”. Ele é autor de
uma famosa peça teatral que faz propaganda homossexual. Ele também chama
o estabelecimento do Estado de Israel “uma calamidade histórica, moral e
política para o povo judeu”.
Apesar
disso, até mesmo entre os evangélicos desses últimos tempos há esse
tipo de dureza. Os evangélicos progressistas (socialistas), seguindo a
teimosia dos judeus progressistas, zombam das promessas de Deus para
Israel — ou acreditando que a igreja substituiu a nação de Israel ou não
acreditando que o território inteiro de Israel pertence exclusivamente
aos judeus:
“Nos
últimos tempos aparecerão pessoas que ridicularizam a Deus. Elas
seguirão seus próprios desejos ímpios. Essas são pessoas que causam
divisões. Elas se preocupam com as coisas materiais, não com as coisas
espirituais”. (Judas 1:18-19 GW)
Já
os judeus conservadores e ortodoxos, que não são maioria na população
judaica do mundo, aceitam as promessas bíblicas, se dão bem com os
evangélicos conservadores somente na questão específica do apoio desses
evangélicos a Israel, mas não aceitam a paixão dos evangélicos de levar o
Evangelho aos judeus.
Apesar
desse estado tão insensível dos judeus, Deus promete que a dureza e
teimosia do povo de Israel não durará para sempre. Quando o número
determinado por Deus de pessoas que não são judias vierem para Deus, aí o
plano secreto de Deus se cumprirá e ações sobrenaturais de Deus
conduzirão os judeus e sua nação Israel para perto de quem eles
rejeitaram: o Messias. Deus promete que nos
últimos dias os judeus se aproximarão do Senhor como nunca antes:
“Depois, tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao SENHOR, seu Deus, e
a Davi, seu rei; e, nos últimos dias, tremendo, se aproximarão do
SENHOR e da sua bondade.” (Oséias 3:5 RA)
A
igreja nasceu com a graça de receber poder do Espírito Santo para levar
o Evangelho ao mundo inteiro. E há também promessas bíblicas fortes de
que no futuro, o derramamento do Espírito Santo e seu poder será maior.
Com tal Espírito irresistível, é justo pensar que a igreja estará em
condições de ajudar o projeto de Deus de vencer a dureza do povo judeu e
também combater o ódio mundial contra os judeus. Israel foi instrumento
usado por Deus para abençoar as nações com o Messias e sua Palavra
poderosa. Jesus veio ao mundo como um judeu, nascendo de sua pátria
Israel. Ele veio do meio dos judeus e continua judeu.
“Então
apareceu no céu um grande e misterioso sinal. Era uma mulher. O seu
vestido era o sol, debaixo dos seus pés estava a lua, e ela usava na
cabeça uma coroa que tinha doze estrelas. A mulher estava grávida e gritava com dores de parto. E apareceu no céu outro sinal: era um enorme dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres e com uma coroa em cada cabeça. Com
a cauda ele arrastou do céu a terça parte das estrelas e as jogou sobre
a terra. Depois parou diante da mulher grávida a fim de comer a criança
logo que ela nascesse. Então a mulher deu à luz
um filho, que governará todas as nações com uma barra de ferro. Mas a
criança foi tirada e levada para perto de Deus e do seu trono. A
mulher fugiu para o deserto, onde Deus havia preparado um lugar para
ela. Ali ela será sustentada durante mil duzentos e sessenta dias.”
(Apocalipse 12:1-6 NTLH)
A
mulher simboliza Israel, nação alicerçada nos doze filhos de Jacó. A
mulher trouxe Jesus ao mundo e depois “fugiu” para o deserto, isto é,
saiu de sua terra, onde permaneceu quase dois mil anos.
De
Israel veio o Messias para o mundo, e Israel — sofrendo castigo divino
por seus pecados — permaneceu longo tempo no deserto das nações, sem
apoio, reconhecimento ou respeito.
O
mundo estava perdido em sua hostilidade e dureza contra Deus, mas o
Evangelho trouxe graça e transformação. Doze apóstolos judeus — sem
mencionar o Apóstolo Paulo, que também era judeu — foram usados
poderosamente para transformar o mundo inteiro. Agora, é a vez da igreja
deixar que Deus a use como instrumento para libertar o povo judeu de
toda teimosia, rebelião e dureza contra Deus e suas imutáveis promessas a
Abraão, Isaque e Jacó.
Deus
já começou a cumprir suas promessas a Israel. Contrariando todas as
expectativas humanas, ele trouxe a restauração nacional da nação de
Israel em 1948, conforme Ezequiel 37,
“ressuscitando” um povo que estava virtualmente morto e enterrado nos
escombros da história, espalhado pelas nações, perseguido e odiado.
Contudo, essa restauração não foi total, pois importantes partes do
território de Israel e até de Jerusalém estão ocupadas pelos árabes
chamados palestinos. Por enquanto, aguarda-se ainda que a restauração
territorial se complete e, principalmente, que a restauração espiritual
comece a acontecer.
As
promessas que Deus deu a Israel — de total posse de sua terra, de
salvação e de restauração espiritual e nacional — se cumprirão, no tempo
determinado pelo Pai. Todos os que são filhos desse Pai cooperam com
ele nesse propósito, orando para que a vontade de Deus prevaleça.
Portanto, os cristãos têm três prioridades em suas orações:
Orar
para que o Reino de Deus venha e se manifeste neste mundo. Esse Reino
não é a igreja nem Israel. Esse Reino é o Governo de Deus. (Veja Mateus 6:10)
Orar
para que a igreja de Jesus Cristo na terra seja santificada pela
verdade da Palavra de Deus e ande e viva como ele andou e viveu. (Veja
João 17 e 1 João 2:6)
Orar não só pela paz de Jerusalém, mas também pela plena restauração espiritual, territorial e política de Israel. (Veja Salmo 122:6)
Quando estava falando exatamente de Israel e seu futuro e das promessas de Deus para os judeus, o Apóstolo Paulo declarou:
“Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis”. (Romanos 11:29 NVI)
“Porque Deus não muda de idéia a respeito de quem ele escolhe e abençoa.” (Romanos 11:29 NTLH)
Deus não mudou em nada sua aliança com Israel. Nessa aliança, o próprio Deus dá aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó o direito eterno e exclusivo à terra de Israel. A
terra que Deus deu exclusivamente aos judeus será sempre deles. E o
inimigo que detesta Deus e sua Palavra inflama o mundo com ódio contra
os judeus, porque sobre eles estão as promessas eternas de Deus. Quer os
judeus, em sua teimosia e dureza, aceitem ou não, quer o mundo e os
“palestinos” aceitem ou não, as promessas de Deus para Israel se
cumprirão.
Portanto,
as nações não deveriam desperdiçar suas oportunidades de serem úteis
para Israel, pois essa nação está no coração de Deus. O próprio Deus diz
para Israel:
“Porque a nação e o reino que te não servirem perecerão; sim, essas nações de todo serão assoladas.” (Isaías 60:12 RC)
Durante a 2
Guerra Mundial, a Alemanha nazista sofreu destruição total porque
perseguia e aniquilava os judeus. O poderoso Império Britânico virou
cinzas, porque a Inglaterra teve oportunidade de ajudar os judeus, mas
preferiu impedi-los de fugir para a terra de Israel. Durante a guerra,
nenhum país queria receber os judeus como refugiados, de modo que restou
para os judeus somente a opção de voltar para a terra de seus
ancestrais. No entanto, todo o território de Israel estava sob
administração britânica, e os ingleses proibiram os judeus de escaparem
para sua própria terra. Seis milhões de judeus foram cruelmente
assassinados pelos nazistas porque não tinham nenhum lugar para onde ir.
É
claro que durante a guerra muitos judeus sofreram também por seus
próprios pecados, porque estavam longe de Deus e apegados à radical
ideologia socialista. No entanto, nenhuma nação tem o direito de
“castigar” o povo judeu, porque Deus é o único que pode lidar com eles e
seus pecados, como sempre foi. Além disso, o que a Alemanha nazista fez
não foi “castigar” os judeus, mas destruí-los, e o que a Inglaterra fez
não foi “castigá-los”, mas impedir que eles fugissem para o único lugar
em que milhões de judeus poderiam ter escapado da destruição se não
fosse pela dureza das autoridades inglesas. Mas o preço foi alto: o
Império Britânico desapareceu da face da terra.
A 2
Guerra Mundial terminou há décadas, porém o ódio aos judeus não pereceu
naquele conflito. Israel, como nunca antes, precisa do apoio e ajuda
das nações. E há bênçãos de Deus para quem abençoa Israel. E se há
maldição para os opositores, o que então acontecerá com a vasta maioria
das nações que demonstra ódio contra os judeus e seu direito exclusivo à
sua terra? Talvez nada esteja inflamando tanto esse ódio quanto o
islamismo e o socialismo. Os sentimentos dos muçulmanos para com Israel
são mais que conhecidos, porém de um modo aparentemente mais suave os
socialistas do mundo inteiro — inclusive judeus socialistas em Israel,
nos EUA e na Europa — não acreditam, não aceitam e nem levam a sério a
aliança de Deus com Abraão, Isaque e Jacó.
Não
precisamos nos preocupar com os “erros” e pecados de Israel. Deus
sempre soube cuidar deles, até para castigá-los. Não foi por castigo que
os judeus permaneceram quase dois mil anos fora de sua terra? E durante
esse período, os árabes invadiram aquela terra e hoje a reivindicam
para eles e para a causa muçulmana. Esses árabes ganharam o título de
“palestinos”. Palestino designa o habitante da
Palestina, nome que os romanos vingativamente deram à terra de Israel,
depois de expulsarem todos os judeus, quase dois mil anos atrás.
Palestina, conforme queriam os romanos, significa terra dos filisteus, os piores inimigos de Israel.
A
única solução para a causa dos “palestinos” — que o próprio príncipe
das trevas tem usado para espalhar ódio contra os judeus no mundo
inteiro — é os palestinos e o mundo aceitarem a aliança imutável de Deus
com Israel.
A
maior bênção para os cristãos do mundo inteiro não é só que Deus os
abençoará em seus esforços para vencer pela oração a dureza e a rebelião
de Israel, mas também que cedo ou tarde os judeus e sua nação Israel se
aproximarão de Deus. Todos os demônios do inferno e todos os exércitos
do mundo que se unirem contra Israel fracassarão, pois forte é o Senhor
que tem uma aliança eterna com Abraão, Isaque e Jacó.
A
Palavra de Deus profetiza que grandes nações identificadas como Gogue e
Magogue ajuntarão todos os outros países contra Israel. O ódio que
realizará esse propósito satânico já está sendo semeado na Europa,
América Latina, Brasil e outras nações, preparando-as para a batalha
final contra Israel nos últimos tempos.
“[Satanás]
sairá para enganar os povos de todas as nações do mundo, isto é, Gogue e
Magogue. Satanás os juntará para a batalha, e eles serão tantos como os
grãos de areia da praia do mar. Eles se
espalharam pelo mundo e cercaram o acampamento do povo de Deus e a
cidade que ele ama, mas um fogo desceu do céu e os destruiu.” (Apocalipse 20:8-9 NTLH)
Você
avançará contra Israel, o meu povo, como uma nuvem que cobre a terra.
Nos dias vindouros, ó Gogue, trarei você contra a minha terra, para que
as nações me conheçam quando eu me mostrar santo por meio de você diante
dos olhos delas. “Assim diz o Soberano, o SENHOR: Acaso você não é
aquele de quem falei em dias passados por meio dos meus servos, os
profetas de Israel? Naquela época eles profetizaram durante anos que eu
traria você contra Israel. É isto que acontecerá naquele dia: Quando
Gogue atacar Israel, será despertado o meu furor. Palavra do Soberano, o
SENHOR”. (Ezequiel 38:16-18 NVI)
“O SENHOR Deus diz: — Naquele tempo, farei com que o povo de Jerusalém e de Judá prospere de novo. Então
ajuntarei os povos de todos os países e os levarei para o vale de
Josafá e ali os julgarei. Eu farei isso por causa das maldades que
praticaram contra o povo de Israel, o meu povo escolhido: espalharam os
israelitas por vários países e dividiram entre si o meu país”. Multidões
e mais multidões enchem o vale da Decisão; está perto o Dia do SENHOR,
no vale da Decisão. O sol e a lua ficam escuros, e as estrelas deixam de brilhar. Do
monte Sião, o SENHOR fala alto, a sua voz parece o trovão. De
Jerusalém, ouve-se o estrondo da voz de Deus, e os céus e a terra
tremem! Mas ele defende e protege o povo de Israel. Deus
diz ao seu povo: “Assim vocês vão ficar sabendo que eu sou o SENHOR, o
Deus de vocês. Eu moro em Sião, o meu monte santo. Jerusalém será uma
cidade santa, e os estrangeiros nunca mais a conquistarão.” (Joel 3:1-2, 14-17 NTLH)
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