CDHM quer investigar igrejas que se opuseram ao socialismo durante o governo militarCaça às bruxas conta com o aval de deputados da bancada evangélica
Julio Severo
Em sua última sessão, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal aprovou o requerimento 72/2014,
de autoria da esquerdista Luiza Erundina, que pretende realizar uma
audiência pública para “debater a atuação das igrejas durante a ditadura
militar”.
É
claro que o grupelho esquerdista que se reinstalou na Comissão de
Direitos Humanos não quer realmente falar das vítimas da guerrilha de um
sistema que é campeão internacional de torturas e assassinatos. O que
se pretende é usar a audiência para dar início a uma caça às bruxas
contra católicos e evangélicos que se opuseram a esse sistema.
“Durante
a ditadura civil-militar de 1964, alguns religiosos protegeram ou
intercederam em favor de fiéis que estavam engajados na resistência ao
regime. No entanto, sabe-se também de relatos sobre a
atuação de outros tantos clérigos ou leigos que colaboraram com a
ditadura ao denunciarem sigilosamente a atuação política de membros das
igrejas.“
Fica explícito, pois, o objetivo verdadeiro
da iniciativa de Erundina, que tem como herói o guerrilheiro comunista
Prestes. A CDHM quer reabrir feridas, reavivar conflitos no meio
católico e protestante, produzindo um novo e perigoso clima de
hostilidade entre cristãos a fim de minar e sabotar qualquer onda
conservadora cristã nas eleições presidenciais deste ano.
Houve
arbitrariedades naquele tempo, mas não contra os guerrilheiros
comunistas. Os militares reprimiam com violência uma esquerda fortemente
armada e violenta que praticava atentados terroristas que resultaram no
assassinato de inúmeros cidadãos brasileiros. Aliás, embora pouco se
fale disso, os esquerdistas também praticavam torturas e assassinatos
entre si!
Entretanto,
Erundina não quer saber das vítimas dos terroristas de esquerda. Ela e
seus colegas querem trazer ao seu pequeno tribunal de inquisição apenas
os cristãos opostos ao socialismo. E não aceita o contraditório, impedindo o deputado Jair Bolsonaro de falarpelo outro lado na CDHM.
Reino contra reino
A
esquerda quer dividir os cristãos, reabrindo dolorosas feridas do
passado, para que possa se fortalecer no Congresso e avançar com sua
agenda antifamília neste ano eleitoral. Querem, como sempre, posar de
vítimas merecedoras do título de heróis e merecedoras de implantar toda e
qualquer iniquidade em nome da “igualdade” e “direitos humanos.” Os
cristãos representam hoje a única oposição civil às forças políticas que
buscam a degradação da família pretendida pelas esquerdas.
Não
é por acaso que os revanchistas da CDHM querem empreender uma
inquisição ideológica contra os católicos e evangélicos conservadores,
introduzindo a divisão e o ressentimento.
É uma estratégia das trevas: “Todo
reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa
dividida contra si mesma não resistirá.” (Mateus 12:25 KJA)
A
esquerda sempre quer dividir, jogando negros contra brancos, pobres
contra ricos, gays contra héteros e agora cristãos contra cristãos. É o modus operandis dela. Mas o que dizer dos cristãos que lá estão e cederam ao lobby de meia dúzia de demagogos e impostores?
Caça às bruxas
O
mais intrigante é que o requerimento foi aprovado em sessão na qual
participavam deputados evangélicos que, supostamente, foram eleitos para
falar em nome da população evangélica e alertar sobre toda manobra
orquestrada contra as igrejas. Em vez de alertarem seus eleitores
evangélicos, ficaram quietinhos. Em vez de avisarem, deram as mãos.
O caso de perseguição ao Dep. Marco Feliciano,
por ele ser evangélico, deveria ter sido suficiente para mostrar para
esses membros da bancada evangélica que as intenções da esquerda para
com os seguidores e promotores de Cristo sempre envolvem perseguição.
Mas
não. Eles se omitiram vergonhosamente. Antes de serem eleitos, eles
haviam prometido ao seus eleitores cristãos que fariam a diferença no
Congresso Nacional, mas agora se calam e até são coniventes quando a
esquerda, na presença deles, orquestra um ataque explícito aos cristãos.
O mínimo que eles poderiam fazer é lembrar esta admoestação dos lábios
do Senhor Jesus: “Conheço as tuas obras, sei que não és frio
nem quente. Antes fosses frio ou quente! E, por este motivo, porque és
morto, não és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te da minha
boca.” (Apocalipse 3:15-16 KJA)
É
difícil saber se a deputada Antônia Lúcia, que está na CDHM, se encaixa
nessa descrição de mornidão? Ela, que faz parte da Frente Parlamentar
Evangélica, não se manifestou sobre o requerimento, nem contra e nem a favor. Infelizmente, a deputada evangélica parece ser contundente apenas quando se trata de defender a Telexfree e outras empresas de pirâmide financeira, que faz com que cristãos invistam seu dinheiro para nunca mais o verem.
Outro que também está engajado na legalização da Telexfree
e outras empresas de pirâmide financeira no Brasil é o Dep. Roberto de
Lucena. Resta saber o que o Reino de Deus ganha com isso: Empresários
que ganham e sustentam parlamentares.
Pior
do que a omissão, porém, é a participação ativa no engodo montado pelo
grupelho esquerdista para atacar os cristãos conservadores na CDHM. Já conhecido por suas vacilações, confusões e decisões equivocadas, Lucena deu todo apoio à iniciativa de Erundina.
Atitude
muito estranha dele. Quando o PT se reapossou da CDHM em março deste
ano com tudo para avançar a agenda gayzista, Lucena, que é pastor da
Igreja O Brasil para Cristo, disse: “Na verdade, durante todo o ano passado tivemos momentos muito difíceis, tensos, que queremos deixar para trás.”
Se
o negócio é deixar para trás o testemunho de ousadia e coragem de Marco
Feliciano, que quando estava na presidência da CDHM, e mesmo antes,
assumia publicamente suas posturas contra o aborto e a ditadura da
agenda gay, Lucena diz “amém.” Mas se o negócio é cavoucar o mau
testemunho de pastores protestantes esquerdistas que foram infiéis ao
Evangelho de Jesus Cristo, mas foram fiéis ao evangelho de Karl Marx,
Lucena demonstra atitude oposta: Nada de deixar para trás. Cavoucar até o
fim! Defender e canonizar os pastores canalhas do evangelho marxista.
Ao
invés de denunciar a fraude grosseira orquestrada contra os cristãos
por um grupelho esquerdista interessado em revanche contra pastores conservadores na época do governo militar,
Lucena foi além do seu característico oportunismo e, sem medir o
estrago, sugeriu que fossem ouvidos líderes evangélicos! Quem ele
recomenda para dar testemunho contra os pastores conservadores e a favor
dos pastores comunistas? Caio Fábio? Alexandre Brasil? Ariovaldo Ramos, que apoiava o ditador comunista Hugo Chavez e assinou manifesto contra Marco Feliciano?
Roberto de Lucena quer Igreja O Brasil para Cristo na defesa de protestantes comunistas do passado?
Lucena pediu a inclusão do nome dos filhos de Manoel de Mello, fundador da Igreja O Brasil Para Cristo (OBPC),
para serem ouvidos na audiência. O fundador da OBPC foi preso várias
vezes durante o governo militar e tinha, pioneiramente como pentecostal
brasileiro, se unido ao Conselho Mundial de Igrejas
(CMI), um ninho de apóstatas e comunistas de grandes igrejas
protestantes históricas. Um pentecostal entre eles era uma raridade.
Pode
ser que, como muitos pentecostais até hoje, Manoel estava no CMI sem
entender nada. Pelo menos seus programas de rádio de grande audiência
nunca deram nenhum apoio ao comunismo. Pelo contrário, em 12 de outubro
de 1982 ele chegou a lotar com milhares de evangélicos o Estádio do
Pacaembu em São Paulo não só para ouvirem a Palavra de Deus, mas também
para darem apoio político a Adhemar de Barros, candidato dos militares
ao governo de São Paulo.
O portalda
Convenção da Igreja o Brasil para Cristo de São Paulo tem a biografia
dele, mas nada menciona de sua ligação com o infame CMI, que sempre
abrigou, majoritariamente, não igrejas pentecostais, mas igrejas
anglicanas, luteranas, metodistas, reformadas e presbiterianas. Ter o
nome de uma igreja no rol do CMI é uma honra para as esquerdas, mas uma
vergonha para o Evangelho. Será por isso que a Igreja O Brasil para
Cristo não atrele hoje o nome de seu fundador ao infame organismo internacional ecumênico promotor da Teologia da Libertação?
Possivelmente,
as prisões que Manoel de Mello sofreu foram por causa de suas ligações
com o CMI, entidade alinhada com os interesses da União Soviética. Afinal,
subversão comunista e CMI andavam de mãos dadas. Dom Evaristo Arns, que
foi instrumental na fundação do PT, foi igualmente instrumental na
ajuda ao CMI e aos pastores comunistas do Brasil.
Será
que os filhos de Manoel de Mello permitirão que o legado do fundador da
OBPC seja reduzido a um artifício na voz da esquerdista Luiza Erundina,
a fã de Luiz Carlos Prestes, contribuindo para a canonização de
pastores esquerdistas e suas canalhices e para a promoção de uma
dolorosa e desnecessária divisão no meio protestante?
Ou
será que Lucena pretende, com o testemunho dos filhos de Mello, revelar
um passado esquerdista de sua denominação que o público desconhece?
Será
que a população evangélica, responsável pela eleição de cada membro da
Frente Parlamentar Evangélica, permitirá que os deputados eleitos por
eles avancem as tramas de Erundina contra as igrejas que, por serem
fiéis ao Evangelho de Jesus Cristo, se opuseram ao evangelho assassino
de Karl Marx durante o governo militar?
Um
reino dividido não resistirá. “Dividir para conquistar” sempre foi um
dos lemas da esquerda. Destruição da família e perseguição aos cristãos
sempre foram um dos resultados.
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sexta-feira, 16 de maio de 2014
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