sexta-feira, 16 de maio de 2014



CDHM quer investigar igrejas que se opuseram ao socialismo durante o governo militar

Caça às bruxas conta com o aval de deputados da bancada evangélica

Julio Severo
Em sua última sessão, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal aprovou o requerimento 72/2014, de autoria da esquerdista Luiza Erundina, que pretende realizar uma audiência pública para “debater a atuação das igrejas durante a ditadura militar”.
Luiza Erundina: caça aos cristãos conservadores
O requerimento de Erundina — que em 1990, quando prefeita, inaugurou em São Paulo o Parque Municipal Luís Carlos Prestes, em homenagem ao guerrilheiro comunista — encontrou apoio entusiasmado do supremacista gay Jean Wyllis e dos petistas que retomaram controle da CDHM.
É claro que o grupelho esquerdista que se reinstalou na Comissão de Direitos Humanos não quer realmente falar das vítimas da guerrilha de um sistema que é campeão internacional de torturas e assassinatos. O que se pretende é usar a audiência para dar início a uma caça às bruxas contra católicos e evangélicos que se opuseram a esse sistema.
“Durante a ditadura civil-militar de 1964, alguns religiosos protegeram ou intercederam em favor de fiéis que estavam engajados na resistência ao regime. No entanto, sabe-se também de relatos sobre a atuação de outros tantos clérigos ou leigos que colaboraram com a ditadura ao denunciarem sigilosamente a atuação política de membros das igrejas.“
Fica explícito, pois, o objetivo verdadeiro da iniciativa de Erundina, que tem como herói o guerrilheiro comunista Prestes. A CDHM quer reabrir feridas, reavivar conflitos no meio católico e protestante, produzindo um novo e perigoso clima de hostilidade entre cristãos a fim de minar e sabotar qualquer onda conservadora cristã nas eleições presidenciais deste ano.
Houve arbitrariedades naquele tempo, mas não contra os guerrilheiros comunistas. Os militares reprimiam com violência uma esquerda fortemente armada e violenta que praticava atentados terroristas que resultaram no assassinato de inúmeros cidadãos brasileiros. Aliás, embora pouco se fale disso, os esquerdistas também praticavam torturas e assassinatos entre si!
Entretanto, Erundina não quer saber das vítimas dos terroristas de esquerda. Ela e seus colegas querem trazer ao seu pequeno tribunal de inquisição apenas os cristãos opostos ao socialismo. E não aceita o contraditório, impedindo o deputado Jair Bolsonaro de falarpelo outro lado na CDHM.

Reino contra reino

A esquerda quer dividir os cristãos, reabrindo dolorosas feridas do passado, para que possa se fortalecer no Congresso e avançar com sua agenda antifamília neste ano eleitoral. Querem, como sempre, posar de vítimas merecedoras do título de heróis e merecedoras de implantar toda e qualquer iniquidade em nome da “igualdade” e “direitos humanos.” Os cristãos representam hoje a única oposição civil às forças políticas que buscam a degradação da família pretendida pelas esquerdas.  
Não é por acaso que os revanchistas da CDHM querem empreender uma inquisição ideológica contra os católicos e evangélicos conservadores, introduzindo a divisão e o ressentimento. 
É uma estratégia das trevas: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não resistirá.” (Mateus 12:25 KJA)
A esquerda sempre quer dividir, jogando negros contra brancos, pobres contra ricos, gays contra héteros e agora cristãos contra cristãos.  É o modus operandis dela. Mas o que dizer dos cristãos que lá estão e cederam ao lobby de meia dúzia de demagogos e impostores?

Caça às bruxas

O mais intrigante é que o requerimento foi aprovado em sessão na qual participavam deputados evangélicos que, supostamente, foram eleitos para falar em nome da população evangélica e alertar sobre toda manobra orquestrada contra as igrejas. Em vez de alertarem seus eleitores evangélicos, ficaram quietinhos. Em vez de avisarem, deram as mãos.
O caso de perseguição ao Dep. Marco Feliciano, por ele ser evangélico, deveria ter sido suficiente para mostrar para esses membros da bancada evangélica que as intenções da esquerda para com os seguidores e promotores de Cristo sempre envolvem perseguição.
Mas não. Eles se omitiram vergonhosamente. Antes de serem eleitos, eles haviam prometido ao seus eleitores cristãos que fariam a diferença no Congresso Nacional, mas agora se calam e até são coniventes quando a esquerda, na presença deles, orquestra um ataque explícito aos cristãos. O mínimo que eles poderiam fazer é lembrar esta admoestação dos lábios do Senhor Jesus: “Conheço as tuas obras, sei que não és frio nem quente. Antes fosses frio ou quente! E, por este motivo, porque és morto, não és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.” (Apocalipse 3:15-16 KJA)
É difícil saber se a deputada Antônia Lúcia, que está na CDHM, se encaixa nessa descrição de mornidão? Ela, que faz parte da Frente Parlamentar Evangélica, não se manifestou sobre o requerimento, nem contra e nem a favor. Infelizmente, a deputada evangélica parece ser contundente apenas quando se trata de defender a Telexfree e outras empresas de pirâmide financeira, que faz com que cristãos invistam seu dinheiro para nunca mais o verem.
Outro que também está engajado na legalização da Telexfree e outras empresas de pirâmide financeira no Brasil é o Dep. Roberto de Lucena. Resta saber o que o Reino de Deus ganha com isso: Empresários que ganham e sustentam parlamentares.
Pior do que a omissão, porém, é a participação ativa no engodo montado pelo grupelho esquerdista para atacar os cristãos conservadores na CDHM. Já conhecido por suas vacilações, confusões e decisões equivocadas, Lucena deu todo apoio à iniciativa de Erundina.
Atitude muito estranha dele. Quando o PT se reapossou da CDHM em março deste ano com tudo para avançar a agenda gayzista, Lucena, que é pastor da Igreja O Brasil para Cristo, disse: “Na verdade, durante todo o ano passado tivemos momentos muito difíceis, tensos, que queremos deixar para trás.”
Se o negócio é deixar para trás o testemunho de ousadia e coragem de Marco Feliciano, que quando estava na presidência da CDHM, e mesmo antes, assumia publicamente suas posturas contra o aborto e a ditadura da agenda gay, Lucena diz “amém.” Mas se o negócio é cavoucar o mau testemunho de pastores protestantes esquerdistas que foram infiéis ao Evangelho de Jesus Cristo, mas foram fiéis ao evangelho de Karl Marx, Lucena demonstra atitude oposta: Nada de deixar para trás. Cavoucar até o fim! Defender e canonizar os pastores canalhas do evangelho marxista.
Ao invés de denunciar a fraude grosseira orquestrada contra os cristãos por um grupelho esquerdista interessado em revanche contra pastores conservadores na época do governo militar, Lucena foi além do seu característico oportunismo e, sem medir o estrago, sugeriu que fossem ouvidos líderes evangélicos! Quem ele recomenda para dar testemunho contra os pastores conservadores e a favor dos pastores comunistas? Caio Fábio? Alexandre Brasil? Ariovaldo Ramos, que apoiava o ditador comunista Hugo Chavez e assinou manifesto contra Marco Feliciano?

Roberto de Lucena quer Igreja O Brasil para Cristo na defesa de protestantes comunistas do passado?

Lucena pediu a inclusão do nome dos filhos de Manoel de Mello, fundador da Igreja O Brasil Para Cristo (OBPC), para serem ouvidos na audiência. O fundador da OBPC foi preso várias vezes durante o governo militar e tinha, pioneiramente como pentecostal brasileiro, se unido ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI), um ninho de apóstatas e comunistas de grandes igrejas protestantes históricas. Um pentecostal entre eles era uma raridade.
Pode ser que, como muitos pentecostais até hoje, Manoel estava no CMI sem entender nada. Pelo menos seus programas de rádio de grande audiência nunca deram nenhum apoio ao comunismo. Pelo contrário, em 12 de outubro de 1982 ele chegou a lotar com milhares de evangélicos o Estádio do Pacaembu em São Paulo não só para ouvirem a Palavra de Deus, mas também para darem apoio político a Adhemar de Barros, candidato dos militares ao governo de São Paulo.
O portalda Convenção da Igreja o Brasil para Cristo de São Paulo tem a biografia dele, mas nada menciona de sua ligação com o infame CMI, que sempre abrigou, majoritariamente, não igrejas pentecostais, mas igrejas anglicanas, luteranas, metodistas, reformadas e presbiterianas. Ter o nome de uma igreja no rol do CMI é uma honra para as esquerdas, mas uma vergonha para o Evangelho. Será por isso que a Igreja O Brasil para Cristo não atrele hoje o nome de seu fundador ao infame organismo internacional ecumênico promotor da Teologia da Libertação?
Possivelmente, as prisões que Manoel de Mello sofreu foram por causa de suas ligações com o CMI, entidade alinhada com os interesses da União Soviética. Afinal, subversão comunista e CMI andavam de mãos dadas. Dom Evaristo Arns, que foi instrumental na fundação do PT, foi igualmente instrumental na ajuda ao CMI e aos pastores comunistas do Brasil.
Será que os filhos de Manoel de Mello permitirão que o legado do fundador da OBPC seja reduzido a um artifício na voz da esquerdista Luiza Erundina, a fã de Luiz Carlos Prestes, contribuindo para a canonização de pastores esquerdistas e suas canalhices e para a promoção de uma dolorosa e desnecessária divisão no meio protestante?
Ou será que Lucena pretende, com o testemunho dos filhos de Mello, revelar um passado esquerdista de sua denominação que o público desconhece?
Será que a população evangélica, responsável pela eleição de cada membro da Frente Parlamentar Evangélica, permitirá que os deputados eleitos por eles avancem as tramas de Erundina contra as igrejas que, por serem fiéis ao Evangelho de Jesus Cristo, se opuseram ao evangelho assassino de Karl Marx durante o governo militar?
Até quando os eleitores evangélicos suportarão as “fraquezas” esquerdistas da bancada evangélica?
Um reino dividido não resistirá. “Dividir para conquistar” sempre foi um dos lemas da esquerda. Destruição da família e perseguição aos cristãos sempre foram um dos resultados.

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