“antissemitismo” é meramente uma “alegação judaica”?
Exclusivo: Joseph Farah critica gigante midiático por horrendo e nojento preconceito
Joseph
Farah
Nunca mais?
Essa era a frase popular depois que
o Holocausto liquidou a maioria da população judaica da Europa uma mera geração
atrás.
O mundo nunca mais permitiria que
tal atrocidade ocorresse de novo.
Mas à medida que uma nova forma de
antissemitismo venenoso varre a Europa inteira e o mundo, a história parece
estar se repetindo.
O exemplo mais recente é uma mudança
de política editorial na poderosa BBC em que a palavra “antissemitismo” virou
extraordinariamente uma “alegação judaica.”
Um exemplo é uma manchete recente
no site da BBC: “Lorde Ahmed, membro da Câmara dos Lordes pelo Partido dos
Trabalhadores, suspenso após ‘alegações judaicas.’”
Mas a reportagem nada tinha a ver
com quaisquer alegações feitas por judeus; tinha a ver com antissemitismo.
Quando uma pessoa criticou e
desafiou a decisão da BBC, a seguinte resposta foi recebida: “BBC: Obrigado por
seu email e por favor aceite nossas desculpas pela demora em responder.
Tentamos e sustentamos tanto quanto possível as palavras usadas. Por isso,
nesse caso usamos ‘alegações judaicas’ no curto espaço disponível para
manchetes para resumir seus comentários.”
Entretanto, como alguém que conhece
bem as contagens de caracteres de manchetes, posso lhe dizer que “alegações judaicas”
tem mais caracteres do que “antissemitismo.” E os meios de comunicação não mais
estão trabalhando com limitado espaço de impressão para manchetes ou textos,
como faziam nos jornais do passado. Eles estão lidando com a mídia eletrônica —
na qual praticamente não há crise de espaço.
Vale a pena apontar para o fato de
que a BBC não tem dificuldade nenhuma de encaixar o termo “islamofobia” em suas
manchetes.
Indo direto ao assunto, a própria
frase “alegações judaicas” é patentemente antissemítica.
Antissemitismo não é um assunto de
alegações judaicas. Não é imaginação. É um assunto de realidade. Para alguém
com olhos para ver e ouvidos para ouvir, não há dúvida de que o ódio do mundo
real aos judeus está bem vivo hoje. “Alegações judaicas” é como mascarar
racismo contra os negros sob a capa de “alegações dos negros.”
Dá para você imaginar o que
aconteceria se tal substituição fosse feita por uma grande organização
noticiosa em algum lugar do mundo?
Que tipo de preconceito horrendo e
nojento deve estar reinando na BBC para que permitam que tal evidente desculpa
e decisão péssima se revelem?
Isso é muito mais do que uma medida
politicamente correta. Isso é ódio nu e cru aos judeus.
O que está por trás disso?
Será que é o crescente poder e
influência dos cartéis árabes do petróleo que têm investido muito em propaganda
antijudaica e anti-Israel?
Será que é um medo do terrorismo
islâmico que tem amedrontado uma das maiores organizações noticiosas do mundo —
que por acaso é de propriedade governamental?
Ou será que o próprio
antissemitismo se tornou tão generalizado na Europa e outros lugares que agora
domina as elites da mídia?
Permita-me dizer isso como um
jornalista, um árabe-americano, um ex-correspondente no Oriente Médio e um
cristão: o antissemitismo não é uma “alegação judaica.” Acontece que é uma das
realidades mais predominantes e antigas do mundo. Levou diretamente ao Holocausto
que terminou para o mundo inteiro ver 68 anos atrás. Está se levantando
novamente, principalmente no mesmo continente.
Como mostra um recente livro de um
homem que foi o mais elevado espião soviético a desertar para o Ocidente, o
novo antissemitismo foi uma criação deliberada da desinformação comunista
depois do genocídio na Alemanha de Hitler.
Se você quiser se informar sobre essa
doença pérfida conhecida como “antissemitismo,” adquira o livro
em inglês “Disinformation: Former Spy Chief Reveals Secret Strategy for
Undermining Freedom, Attacking Religion and Promoting Terrorism” (Desinformação:
Ex-Chefe de Espiões Revela Estratégia Secreta para Minar a Liberdade, Atacar a
Religião e Promover o Terrorismo), escrito por Ion Pacepa e Ronald Rychlak. O
livro conta, entre outras surpreendentes revelações, como o bloco soviético
plantou 4 mil agentes de influência no mundo islâmico, armados com centenas de
milhares de exemplares do livro mais antissemítico da história, para piorar
ainda mais os antigos ressentimentos árabes contra os EUA e Israel e semear as
sementes do antissemitismo que mais tarde se transformariam na forma de
violência e terrorismo contra judeus e cristãos.
Essa campanha parece estar ainda em
funcionamento — até mesmo nos grandes meios de comunicação e suas elites.
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