sexta-feira, 9 de maio de 2014

“antissemitismo” é meramente uma “alegação judaica”?

Exclusivo: Joseph Farah critica gigante midiático por horrendo e nojento preconceito

Joseph Farah
Nunca mais?
Essa era a frase popular depois que o Holocausto liquidou a maioria da população judaica da Europa uma mera geração atrás.
O mundo nunca mais permitiria que tal atrocidade ocorresse de novo.
Mas à medida que uma nova forma de antissemitismo venenoso varre a Europa inteira e o mundo, a história parece estar se repetindo.
O exemplo mais recente é uma mudança de política editorial na poderosa BBC em que a palavra “antissemitismo” virou extraordinariamente uma “alegação judaica.”
Um exemplo é uma manchete recente no site da BBC: “Lorde Ahmed, membro da Câmara dos Lordes pelo Partido dos Trabalhadores, suspenso após ‘alegações judaicas.’”
Mas a reportagem nada tinha a ver com quaisquer alegações feitas por judeus; tinha a ver com antissemitismo.
Quando uma pessoa criticou e desafiou a decisão da BBC, a seguinte resposta foi recebida: “BBC: Obrigado por seu email e por favor aceite nossas desculpas pela demora em responder. Tentamos e sustentamos tanto quanto possível as palavras usadas. Por isso, nesse caso usamos ‘alegações judaicas’ no curto espaço disponível para manchetes para resumir seus comentários.”
Entretanto, como alguém que conhece bem as contagens de caracteres de manchetes, posso lhe dizer que “alegações judaicas” tem mais caracteres do que “antissemitismo.” E os meios de comunicação não mais estão trabalhando com limitado espaço de impressão para manchetes ou textos, como faziam nos jornais do passado. Eles estão lidando com a mídia eletrônica — na qual praticamente não há crise de espaço.
Vale a pena apontar para o fato de que a BBC não tem dificuldade nenhuma de encaixar o termo “islamofobia” em suas manchetes.
Indo direto ao assunto, a própria frase “alegações judaicas” é patentemente antissemítica.
Antissemitismo não é um assunto de alegações judaicas. Não é imaginação. É um assunto de realidade. Para alguém com olhos para ver e ouvidos para ouvir, não há dúvida de que o ódio do mundo real aos judeus está bem vivo hoje. “Alegações judaicas” é como mascarar racismo contra os negros sob a capa de “alegações dos negros.”
Dá para você imaginar o que aconteceria se tal substituição fosse feita por uma grande organização noticiosa em algum lugar do mundo?
Que tipo de preconceito horrendo e nojento deve estar reinando na BBC para que permitam que tal evidente desculpa e decisão péssima se revelem?
Isso é muito mais do que uma medida politicamente correta. Isso é ódio nu e cru aos judeus.
O que está por trás disso?
Será que é o crescente poder e influência dos cartéis árabes do petróleo que têm investido muito em propaganda antijudaica e anti-Israel?
Será que é um medo do terrorismo islâmico que tem amedrontado uma das maiores organizações noticiosas do mundo — que por acaso é de propriedade governamental?
Ou será que o próprio antissemitismo se tornou tão generalizado na Europa e outros lugares que agora domina as elites da mídia?
Permita-me dizer isso como um jornalista, um árabe-americano, um ex-correspondente no Oriente Médio e um cristão: o antissemitismo não é uma “alegação judaica.” Acontece que é uma das realidades mais predominantes e antigas do mundo. Levou diretamente ao Holocausto que terminou para o mundo inteiro ver 68 anos atrás. Está se levantando novamente, principalmente no mesmo continente.
Como mostra um recente livro de um homem que foi o mais elevado espião soviético a desertar para o Ocidente, o novo antissemitismo foi uma criação deliberada da desinformação comunista depois do genocídio na Alemanha de Hitler.
Se você quiser se informar sobre essa doença pérfida conhecida como “antissemitismo,” adquira o livro em inglês “Disinformation: Former Spy Chief Reveals Secret Strategy for Undermining Freedom, Attacking Religion and Promoting Terrorism” (Desinformação: Ex-Chefe de Espiões Revela Estratégia Secreta para Minar a Liberdade, Atacar a Religião e Promover o Terrorismo), escrito por Ion Pacepa e Ronald Rychlak. O livro conta, entre outras surpreendentes revelações, como o bloco soviético plantou 4 mil agentes de influência no mundo islâmico, armados com centenas de milhares de exemplares do livro mais antissemítico da história, para piorar ainda mais os antigos ressentimentos árabes contra os EUA e Israel e semear as sementes do antissemitismo que mais tarde se transformariam na forma de violência e terrorismo contra judeus e cristãos.
Essa campanha parece estar ainda em funcionamento — até mesmo nos grandes meios de comunicação e suas elites.

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