segunda-feira, 21 de setembro de 2009

TRÊS TIPOS DE PESSOAS

Gandhi, grande líder revolucionário na Índia e que a libertou do domínio britânico, disse sabiamente que há três tipos de pessoas: Pequenas, médias e grandes. Claro que ele não se referiu ao físico, mas ao caráter e ao coração. Gostaria de aproveitar a análise dele para fazer com você algumas reflexões.
As pequenas pessoas são aquelas que falam de pessoas. Claro que são aquelas que falam mal do próximo. É a chamada maledicência ou fofoca tão condenada na Bíblia. Vez por outra somos surpreendidos falando mal de alguém. Tecemos comentários maldosos. Criticamos sem conhecer a pessoa. Ouvimos alguém falar mal de outrem e embarcamos nesta canoa furada. Aprendamos com Jesus a não julgar quem quer que seja (Mt 7.1-5). O julgamento é atribuição de Deus. Muitas vezes projetamos nos outros as nossas mazelas. Somos especialistas em detonar àqueles que não nos apetecem ou não nos agradam. Quando falarmos de alguém, procuremos maximizar as suas virtudes e deixar os defeitos com Deus. O Senhor não terminou a Sua obra nele e nem em nós. Como nos ensina sabiamente Tiago: sejamos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para se irar (1.19).

Precisamos pensar e falar sobre as pessoas com graça. Fomos aceitos no Amado e devemos aceitar as pessoas com base nessa aceitação. Os nossos relacionamentos devem ser sempre saudáveis em qualquer ambiente.

As médias pessoas falam de coisas. Numa conversa antes ou depois do culto, falamos sobre coisas, isto é, sobre carros, casa, dinheiro, ações, terras, roupas, tênis, computador, esportes, etc. Concentramos nossa atenção nas coisas que perecem. Não atentamos para a orientação de Paulo que devemos “buscar as coisas que são de cima e pensar nelas” (Cl 3.1-4). Discutimos somente coisas daqui da terra. Enfocamos o ter em detrimento do ser. Conjugamos o verbo comprar com muita freqüência. Em nosso papo informal falamos de marcas famosas, artistas famosos e lojas famosas. Jesus passa muito longe das nossas conversas informais. O evangelho da graça virou assunto só na hora dos cultos no templo e nos lares. As coisas nos empolgam mais do que o que Deus fez em Cristo por nós. Não percebemos o que Deus tem feito em muitas vidas.

Gastamos mais dinheiro com supérfluos do que com missões. Investimos mais em coisas do que em pessoas. Viramos um bando (claro, há exceções) de consumistas inveterados. Adoramos as coisas. Queremos sempre o que está na moda. Os nossos guarda-roupas estão abarrotados de roupas que não usamos e poderíamos doar para alguém que precisa. Vivemos na era do entretenimento. O deus do entretenimento tem dominado muitos corações. Muitos estão acometidos de uma “cardiopatia consumista”.

As grandes pessoas falam de projetos; porta de entrada; porta de saída. São construtoras. Empreendedoras do Reino. A sua paixão é o Senhor. Prosseguem para o alvo pelo premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fl 3.14). Vivem pela fé e agradam a Deus desta maneira (Hb 11.1,6). Neemias era uma grande pessoa e, abençoado pelo Senhor, reconstruiu os muros de Jerusalém em 52 dias. Ele era um mobilizador e encorajador em Deus. Paulo tinha um projeto de Deus: evangelizar do oriente ao ocidente; de Jerusalém a Roma. Jesus tinha um projeto para Pedro: deixar de ser pescador de peixes vivos para morrerem para se tornar pescador de homens mortos para viverem. Martin Luther King tinha um sonho: ver negros e brancos vivendo em amor, paz e harmonia nos Estados Unidos. Morreu sonhando. Semeou a semente do amor, da não-violência e a semente germinou para a Glória de Deus. Grandes pessoas pensam grande. Têm uma visão de águia.

São pessoas de visão e não de “divisão”. Pessoas que somam, multiplicam e repartem. William Carey, missionário britânico na Índia, fez um trabalho fenomenal. Ele declarou: “Esperai grandes coisas de Deus. Empreendei grandes coisas para Deus”. Como Jesus, as grandes pessoas desejam servir (Mt 20.28). Como Jesus, têm uma missão. São nascidas de novo para servirem com amor à semelhança do Mestre.

Na Igreja ou em qualquer outro lugar, elas não são problema, mas solução. São facilitadoras. Procuram andar em amor como Cristo as amou e a Si mesmo se entregou por elas (Ef 5.1,2). Deus nos fez para sermos grandes pessoas. Pessoas especiais. Servidoras. Nossas igrejas precisam ampliar o numero de grandes pessoas, cujo objetivo maior é a Glória de Deus.