quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

POR CAUSA DE UMA BÍBLIA


Levar a bíblia a todos os povos, em uma língua que possam entender e a um preço que possam pagar, essa missão das sociedades bíblicas teria sido inspirado na humildade, determinaçao e coragem de Mary Jones. E, eu descobri isso só hoje. Claro, talvez eu já o soubesse e tenha esquecido. Afinal, descobrir ou redescobrir esse fato se deu exatamente enquanto eu pesquisava sobre Mary Jones. Na verdade, eu procurava pelo livro, na sua versão em português, que conta a saga de Mary Jones. Um dos raros livros que tínhamos em casa quando eu era criança. Se não estou enganado, o título era 'Por Causa de Uma Bíblia'. Devo ter lido pelo menos umas três vezes. A história nunca mais foi esquecida. Assim como para Mary Jones, livros eram também coisa rara onde vivíamos. No entanto, além desse livro que contava a história de Mary, nós tínhamos alguns exemplares da Bíblia em casa. A lembrança sobre a a determinação daquela menina em ter a sua própria Bíblia nunca mais sairam da minha cabeça. A ponto de hoje me levar a pesquisar a respeito. Assim, descobri somente agora que, a admirável determinação de uma menina galesa em conseguir um exemplar da Bíblia, inspirou a fundação da primeira Sociedade Bíblica. E, com certeza inspirou também a minha curiosidade e desejo sobre as Sagradas Escrituras. Posso dizer que sou mais um cristão por causa de uma Bíblia...

Compartilho abaixo um texto que pode ser encontrado em outros sites e blogs na internet. Só não encontrei ainda outro exemplar do livro sobre Mary Jones e sua Bíblia.

Conta-se que as Sociedades Bíblicas, entidades dedicadas à produçao e distribuiçao do Livro Sagrado, em atividades no mundo todo, tiveram sua origem na bela história de uma menina. O lema das Sociedades Bíblicas - levar a bíblia a todos os povos, em uma língua que possam entender e a um preço que possam pagar - teria sido inspirado na humildade, determinaçao e coragem de Mary Jones, que viveu no Pais de Gales (Gra-Bretanha), durante o século XVIII. Em 1792, aos 8 anos de idade, Mary Jones começou a acalentar um sonho: ter a sua própria Bíblia. Ela queria poder ler, em sua casa, aquelas histórias tão bonitas que costumava ouvir na igreja. Esse desejo, no entanto, parecia impossível de ser realizado. Mary, que morava em uma pequena vila chamada Alan, ainda nao sabia ler - e, infelizmente, não havia escolas nas redondezas. Além disso, naquele tempo, as Bíblias - assim como os demais livros - eram muito raras e caras. Só poucos privilegiados podiam ter um exemplar das Escrituras Sagradas. E este nao era o caso da menina, cuja família era muito pobre. Mesmo assim, Mary Jones fez uma promessa a si mesma: um dia, ele teria a sua própria Bíblia.

O Primeiro Passo

Ao completar 10 anos, a menina viu surgir uma oportunidade de aprender a ler. Seu pai foi vender tecidos numa vila próxima, chamada Aber, e soube que ali seria aberta uma escola primária. Tempos depois, quando a escola começou a funcionar, Mary foi uma das primeiras crianças a se matricular. Muito motivada, ela logo se tornou uma das primeiras alunas de sua classe. Em pouco tempo, aprendeu a ler.

Enquanto isso, a menina continuava firme em seu propósito de conseguir a sua Bíblia. Agora que já sabia ler, a grande dificuldade era conseguir a quantia necessária para comprá-la. Para isso, fazia pequenos trabalhos, com os quais ganhava alguns trocados. Pegava lenha na mata para pessoas idosas e cuidava de crianças. Depois, com a intençao de ganhar um pouco mais, a menina comprou algumas galinhas e passou a vender ovos.

Passado o primeiro ano de economias, Mary abriu o cofre para conferir quanto havia guardado. Mas chegou a uma triste conclusao: havia conseguido economizar apenas uma pequena parte do que precisava para comprar a sua Bíblia. Durante o segundo ano em que estava juntando dinheiro, Mary aprendeu a costurar. Com isso, conseguiu guardar um valor maior - embora nao o suficiente, ainda para concretizar o seu sonho.

Mais um ano

Entao, no correr do terceiro ano, Mary teve de enfrentar uma acontecimento imprevisto - seu pai, ficou doente e deixou de trabalhar. Por isso, ele teve que dar tudo o que havia economizado durante aquele ano para sua família. E, desta vez, Mary nao pode colocar nada no cofre. Mas continuou trabalhando e, no final do quarto ano, conseguiu completar a quantia de que precisava para comprar a Bíblia. Nessa época, Mary tinha 15 anos de idade.

Ela já podia, entao, comprar a sua tao sonhada Bíblia. Mas onde iria encontrá-la? O pastor de sua igreja lhe informou que nao era possível comprar Bíblias em Alan, nem nas vilas vizinhas. Ela só conseguiria encontrar um exemplar na cidade de Bala, que ficava a 40 quilômetros dali. Naquela cidade, morava o Rev. Thomas Charles, que costumava ter em sua casa alguns exemplares das Escrituras Sagradas, para vendê-los as pessoas da regiao.

Com esta informaçao, Mary foi para casa e pediu a seus pais que a deixassem ir a cidade de Bala. No inicio, eles nao queriam que ela fosse sozinha. Mas a mocinha insistiu tanto, que os pais acabaram concordando.

Sem sapatos

A longa viagem de Mary Jones foi feita a pé. Pensando em poupar seus sapatos da dura caminhada, a fim de poder usá-los na cidade, ela resolveu ir descalça. Depois de caminhar o dia todo, por fim, no inicio da noite, Mary chegou à casa do Rev. Thomas Charles. Ali, no entanto, mais uma dificuldade a esperava: o Rev. Thomas havia vendido todas as suas Bíblias. Ele ainda tinha alguns poucos exemplares, mas esses já estavam todos encomendados.

Ao receber essa noticia, Mary começou a chorar. Em seguida, mais calma, ela contou toda sua longa história ao Rev. Thomas Charles. Entao o pastor, comovido, dirigiu-se até um armário, retirou de lá uma das Bíblias vendidas e entregou-a à Mary.

Impressionado com a história daquela menina, o Rev. Thomas resolveu contar o que tinha ouvido aos diretores da Sociedade de Folhetos Religiosos, uma entidade Crista local. Profundamente tocados com a luta de Mary Jones para conseguir seu exemplar da Bíblia, os diretores daquela organizaçao chegaram à conclusao de que experiências como a dela nao deveriam mais se repetir. Decidiram, entao, fazer alguma coisa para tornar a palavra de Deus acessível a todos. E, depois de muito estudo e oraçao, resolveram organizar uma nova sociedade, com a finalidade de traduzir, imprimir e distribuir a Bíblia. Foi assim que, no dia 7 de dezembro de 1802, foi fundada a primeira sociedade Bíblica, que recebeu o nome de Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.

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