sábado, 18 de junho de 2016


A tragédia ocorrida com o desmoronamento do Templo da Congregação do Jardim Eldorado, da Assembleia de Deus Ministerio de Madureira em Taboão, é um lamentável fato que merece a nossa solidariedade e orações, tanto em favor das vítimas que sofreram ferimentos, bem como em prol da família enlutada que perdeu um ente querido.

No entanto, não devemos deixar de interceder pelas autoridades eclesiásticas responsáveis pela administração do Ministério daquela Igreja, considerando as sérias consequências que se desenrolarão a partir de agora, com o início das apurações das responsabilidades, instauração de inquérito, enfim, todas as punições penais previstas na legislação.

A partir de um olhar raso e genérico, é fácil observar que as falhas apontadas, como falta de alvará para uma reforma, ausência de acompanhamento técnico e até mesmo desobediência a uma observação ou ordem da administração do Ministério, são coisas muito comuns entre as congregações, principalmente aquelas localizadas em bairros periféricos das grandes cidades.

Saliento ainda, que entendo perfeitamente a boa vontade, intenção, necessidade, ou seja, um conjunto de fatores que levam tais obras serem desenvolvidas dessa forma, no entanto é imperioso avaliarmos o risco da vida das pessoas envolvidas em todo esse processo, como aconteceu com o caso em tela, assim como todas as implicações penais e pecuniárias que as igrejas e seus administradores estão sujeitos em casos similares.

A "culto de libertação" que transcorria no momento do acidente, era uma reunião em tese com poucas pessoas presentes, cerca de 15, mas um pouco mais à noite, naquele mesmo dia, estava previsto culto com lotação completa do templo, segundo informações fidedignas, ou seja, se o acidente não tivesse acontecido no período da tarde, a possibilidade era grande que acontecesse à noite com o envolvimento de centenas de pessoas.

Portanto, não podemos desconsiderar esse alerta, no sentido de reavaliarmos todos esses processos de obras, sejam de construções e ou reformas de templos, para que sejam executados dentro dos parâmetros técnicos e de segurança exigidos pela legislação.

Fonte: www.pointrhema.com.br/

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