O que Bíblia diz sobre o Futuro da Faixa de Gaza?
Joel Richardson
Como
o foco do mundo está fixo agora na Faixa de Gaza, os que estudam a
Bíblia fariam bem em parar e considerar o que os antigos profetas
hebreus tinham a dizer sobre o futuro deste pequeno pedaço de terra.
Vamos considerar algumas passagens. Primeiro, de acordo com as
Escrituras, o retorno de Jesus e o julgamento subseqüente será em grande
parte ao redor do que o profeta Isaías chamou de “a causa jurídica”, ou
“a controvérsia de Sião”:
“Pois o Senhor tem um dia de vingança, um ano de retribuições pela causa de Sião… (Isaías 34:8)”
Sem
dúvida, hoje a “controvérsia de Sião” atinge a todas as nações, como o
Estado de Israel tenta esmagar o domínio do Hamas sobre Gaza, um grupo
que tem como objetivo declarado exterminar o povo judeu e criar a sua
capital em Jerusalém.
Segundo
vários profetas, a polêmica só vai se intensificar à medida em que se
aproximar o retorno de Jesus, quando uma vasta coalizão de nações
invadirá Israel e cercará a cidade de Jerusalém, buscando cometer o
genocídio final contra o povo judeu. O profeta Joel nos diz que o Senhor
executará julgamento contra todas as partes envolvidas nessa invasão e,
especificamente, qualquer um que forçar a divisão de Sua terra:
“Vou
reunir todas as nações e trazê-las para o vale de Josafá. Então eu
entrarei em juízo contra elas por causa do meu povo e da minha herança,
Israel, a quem elas espalharam entre as nações; repartindo a minha terra
entre si. (Joel 3:2) “
Josafá
é o vale que vai do norte ao sul, entre o Monte do Templo, e o Monte
das Oliveiras. Em Mateus 25, quando Jesus estava fisicamente sentado no
Monte das Oliveiras, olhando para o vale de Josafá, Ele declarou que
quando Ele voltar, Ele mesmo vai se sentar como o juiz das nações. Ele
declarou que Ele iria julgar as nações especificamente com base no modo
como eles trataram seus “irmãos”. É claro que Jesus estava fazendo
referência ao texto de Joel 3, na verdade, inserindo-se na passagem como
o juiz divino. Devemos também observar que Joel também nos informa que o
julgamento será baseado no modo como as nações trataram “O meu povo e
minha herança, Israel”, e também sobre elas tendo “, dividido a minha
terra.”
Conforme
a profecia segue, ela continua a falar do Senhor executando a vingança
contra aqueles das regiões do Líbano e de Gaza que se envolveram em
violência contra o povo de Israel:
“Que
tendes vós comigo, ó Tiro, Sidon (Líbano) e todas as regiões da
Filístia (Gaza)? É isso vingança que quereis contra mim? Se assim me
quereis vingar, farei, sem demora, cair sobre a vossa cabeça a vossa
vingança. (Joel 3:4)”
Onde
diz “Tiro, Sidon,” e “as regiões da Filístia” pode-se quase inserir o
Hezbollah e o Hamas. É quase como se isso fosse lido das manchetes de
hoje.
A
profecia, é claro, não está falando de cada habitante do Líbano e Gaza.
A ênfase específica da profecia é sobre aqueles que têm procurado
“violência” para “derramar sangue inocente” na terra de Judá:
“Edom
se fará um deserto assolado, por causa da violência contra o povo de
Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. Mas Judá será habitada
para sempre e Jerusalém, de geração em geração. E eu vou vingar o sangue
dos que não foram vingados, porque o Senhor habitará em Sião. (Joel
3:19-21)“
Como
Joel, assim também o profeta Ezequiel revela que Jesus vai voltar para
executar julgamento contra aqueles que abraçam e fomentam o “ódio
antigo”, voltado ao povo judeu, e aos que derramam o sangue dos “filhos
de Israel”:
“Porque
guardaste um ódio antigo e abandonaste os filhos de Israel à violência
da espada, no tempo da calamidade e do castigo final … portanto, tão
certo como eu vivo”, diz o Senhor Deus: “Eu te fiz sangrar, e o sangue
te perseguirá; visto que não aborreceste o sangue, o sangue te
perseguirá. (Ezequiel 35:5-7)”
Embora
seja claro que Jesus ama apaixonadamente todos os povos e se entristece
com a perda de vidas inocentes em ambos os lados do conflito atual, as
Escrituras também são dolorosamente claras de que, quando Ele voltar,
por causa da violência e do ódio acima mencionado, a região de Gaza será
devastada. O profeta Sofonias, especificamente falando do Dia do
Senhor, adverte aos habitantes de Gaza a se arrependerem; “Buscai a
justiça, buscai a mansidão … Talvez você será escondido no dia da ira do
Senhor”. Em seguida, vem uma descrição muito gritante do que está por
vir para Gaza quando Jesus voltar:
“Porque
Gaza será desamparada. … Ai dos habitantes do litoral, a nação dos
quereítas! A palavra do Senhor é contra vós, ó Canaã, terra dos
filisteus; e eu vou destruí-lo de modo que não haverá nenhum habitante.
Assim, o litoral será de pastagens, com refúgios para pastores e currais
para os rebanhos. E o litoral será para o restante da casa de Judá,
nele apascentarão os seus rebanhos. Nas casas de Asquelon eles vão
deitar-se à noite; Pois o Senhor, seu Deus vai cuidar deles e restaurar a
sua sorte. (Sofonias 2:4-7)”
Agora,
para aqueles que estão buscando assumir uma posição mais neutra (sobre o
muro, por assim dizer), pode ser difícil de engolir que grande parte da
Faixa de Gaza se tornará devastada e deserta, sendo deixado para o
remanescente justo de Judá. Isso, no entanto, é exatamente o que a
profecia declara. Esta não é uma profecia histórica. A profecia é em
última análise, referente ao Dia do Senhor e o retorno de Jesus.
Será
que não choca a ninguém que os eventos mundiais estão agora se
alinhando cada vez mais com o estado de coisas que os antigos profetas
hebreus falaram um pouco antes do retorno de Jesus? Ao ponderar todas
essas coisas, todos nós devemos tremer. Pois, na verdade, através desta
passagem o Senhor não está apenas alertando os habitantes de Gaza, mas
todos – judeus, palestinos, você e eu – para a justiça, a humildade e o
arrependimento. Se ouvir este aviso e genuinamente levá-lo ao coração,
então como diz o profeta: “Talvez [nós] seremos escondidos no dia da ira
do Senhor.”
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