Pastor Samuel Câmara fala sobre as manifestações e atual situação social
É inegável que o Brasil
é um país abençoado por Deus. É de concordância geral que temos tudo de
que precisamos para obtermos prosperidade e riqueza, para sermos
livres, educados e respeitados… e muito felizes. Precisamos, sobretudo,
que a autoestima do nosso povo seja decorrente disso, não da dependência
de conquistas futebolísticas, e também que sua alegria não se restrinja
ao frenesi dos carnavais nem de embalos etílicos ou de arroubos
psicodélicos.
Somos ainda vistos por muitos, aqui e lá fora, apenas como o país do futebol e do carnaval. Uma antiga canção popular reconhece a bênção de Deus sobre o nosso país, quando afirma: “Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”. Mas tudo que reconhece como bênção, além de uma natureza tropical exuberante, é o carnaval e o futebol, as amizades e umas poucas posses.
Parece que está impregnada na alma da nação a sina de sermos um povo alegre, mas sempre pobre; de alma quente, mas de futuro sombrio; de muitas escolas, mas de pouca educação; de fartura de tudo e escassez do que se precisa para viver bem. Ainda continuamos sendo vistos aos olhos de muitos como o país do futuro, infelizmente, um futuro que nunca chega nem tem hora marcada para acontecer. Ainda somos um “gigante pela própria natureza”, mas que se posta como um “impávido colosso” e descansa lânguido “deitado eternamente em berço esplêndido”. O que deu errado? O que nos falta? Como poderemos acertar? Como salvar o Brasil dessa sina depauperante?
Um episódio pitoresco da história do Brasil fornece importantes subsídios para nos ajudar a entender algumas de nossas necessidades históricas como nação. Refiro-me à carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal D. Manuel, escrita no dia primeiro de maio de 1500, de um “porto seguro da Ilha de Vera Cruz”. Depois de afirmar que “nesta terra, em se plantando dar-se-á nela tudo”, Caminha escreveu: “Mas, o melhor fruto que nela se pode fazer, me parece, que será salvar essa gente, e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar”.
De fato, estamos colhendo aquilo que foi plantado durante esses quinhentos anos, e obviamente jamais poderemos colher o que não foi plantado. Somos frutos de escolhas das gerações passadas, das sementes, boas ou más, que foram lançadas nessa terra fértil que “em se plantando dar-se-á nela tudo”.
Todavia, se tudo o que colhemos ao longo de cinco séculos não nos respalda aos olhos do mundo (e aos nossos próprios) como uma grande nação, isso mostra que deixamos de entender uma parte da preciosa lição de Pero Vaz de Caminha, de que poderemos plantar o que quisermos, mas principalmente a semente certa, aquela que resultar na salvação do nosso povo.
Essa é a inegável lógica da lei da semeadura e da colheita: “O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá” (Gl 6.7). Portanto, se queremos um povo mais bem preparado, temos de plantar educação. Se desejamos um povo sábio, temos de plantar o temor do Senhor, que “é o princípio da sabedoria” (Pv 9.10). Se pretendemos uma geração patriota, precisamos plantar princípios morais e cívicos. Se queremos um povo trabalhador, temos de plantar oportunidades de emprego. Se desejamos ter um povo saudável, devemos plantar políticas preventivas de saúde. E assim sucessivamente…
Depois de cinco séculos da carta de Caminha, não é difícil concluir que, nesta terra, o melhor fruto que nela se pode produzir continua sendo salvar o seu povo — da miséria, da ignorância, da fome, da doença, do abandono, da injustiça, e também do pecado — e que é preciso fazer disso tudo uma conquista de todos os brasileiros.
Esse investimento de plantar a semente certa tem que ser uma constante, até que todas as amarras da pobreza, da injustiça e da ignorância sejam quebradas. É plantar, ou não colher. A conjunção “ou” é excludente: se não plantamos vida, nos encontrará a morte, que pode brotar por caminhos tais como: mortalidade infantil, violência urbana, drogas, criminalidade, favelização das cidades, falta de cidadania etc.
Parece-me que na maior parte da sua história os destinos do Brasil estiveram entregues nas mãos de governantes mesquinhos e faltos de patriotismo, cujos interesses pessoais sempre ficaram acima do interesse público. Ao olharem mais para o próprio umbigo, deixaram de perceber (ou não quiseram ver) que uma pátria se constrói ao longo do tempo; que a prosperidade não é gerada com esmolas públicas, mas com trabalho digno; nada é feito por decreto, mas com sementes certas plantadas em solo fértil.
Precisamos igualmente plantar sementes de lideranças, com voto e oração, pedindo ao Senhor que nos dê frutos de líderes segundo o seu coração, para nos liderarem “com conhecimento e inteligência” (Jr 3.15).
A salvação do nosso povo, porém, tem uma dimensão essencialmente espiritual. O povo precisa ser liberto das trevas espirituais e chegar ao pleno conhecimento do Senhor, pois “bem-aventurado é o povo a quem assim sucede! Sim, bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor!” (Sl 144.15).
Deus salve o Brasil!
Somos ainda vistos por muitos, aqui e lá fora, apenas como o país do futebol e do carnaval. Uma antiga canção popular reconhece a bênção de Deus sobre o nosso país, quando afirma: “Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”. Mas tudo que reconhece como bênção, além de uma natureza tropical exuberante, é o carnaval e o futebol, as amizades e umas poucas posses.
Parece que está impregnada na alma da nação a sina de sermos um povo alegre, mas sempre pobre; de alma quente, mas de futuro sombrio; de muitas escolas, mas de pouca educação; de fartura de tudo e escassez do que se precisa para viver bem. Ainda continuamos sendo vistos aos olhos de muitos como o país do futuro, infelizmente, um futuro que nunca chega nem tem hora marcada para acontecer. Ainda somos um “gigante pela própria natureza”, mas que se posta como um “impávido colosso” e descansa lânguido “deitado eternamente em berço esplêndido”. O que deu errado? O que nos falta? Como poderemos acertar? Como salvar o Brasil dessa sina depauperante?
Um episódio pitoresco da história do Brasil fornece importantes subsídios para nos ajudar a entender algumas de nossas necessidades históricas como nação. Refiro-me à carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal D. Manuel, escrita no dia primeiro de maio de 1500, de um “porto seguro da Ilha de Vera Cruz”. Depois de afirmar que “nesta terra, em se plantando dar-se-á nela tudo”, Caminha escreveu: “Mas, o melhor fruto que nela se pode fazer, me parece, que será salvar essa gente, e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar”.
De fato, estamos colhendo aquilo que foi plantado durante esses quinhentos anos, e obviamente jamais poderemos colher o que não foi plantado. Somos frutos de escolhas das gerações passadas, das sementes, boas ou más, que foram lançadas nessa terra fértil que “em se plantando dar-se-á nela tudo”.
Todavia, se tudo o que colhemos ao longo de cinco séculos não nos respalda aos olhos do mundo (e aos nossos próprios) como uma grande nação, isso mostra que deixamos de entender uma parte da preciosa lição de Pero Vaz de Caminha, de que poderemos plantar o que quisermos, mas principalmente a semente certa, aquela que resultar na salvação do nosso povo.
Essa é a inegável lógica da lei da semeadura e da colheita: “O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá” (Gl 6.7). Portanto, se queremos um povo mais bem preparado, temos de plantar educação. Se desejamos um povo sábio, temos de plantar o temor do Senhor, que “é o princípio da sabedoria” (Pv 9.10). Se pretendemos uma geração patriota, precisamos plantar princípios morais e cívicos. Se queremos um povo trabalhador, temos de plantar oportunidades de emprego. Se desejamos ter um povo saudável, devemos plantar políticas preventivas de saúde. E assim sucessivamente…
Depois de cinco séculos da carta de Caminha, não é difícil concluir que, nesta terra, o melhor fruto que nela se pode produzir continua sendo salvar o seu povo — da miséria, da ignorância, da fome, da doença, do abandono, da injustiça, e também do pecado — e que é preciso fazer disso tudo uma conquista de todos os brasileiros.
Esse investimento de plantar a semente certa tem que ser uma constante, até que todas as amarras da pobreza, da injustiça e da ignorância sejam quebradas. É plantar, ou não colher. A conjunção “ou” é excludente: se não plantamos vida, nos encontrará a morte, que pode brotar por caminhos tais como: mortalidade infantil, violência urbana, drogas, criminalidade, favelização das cidades, falta de cidadania etc.
Parece-me que na maior parte da sua história os destinos do Brasil estiveram entregues nas mãos de governantes mesquinhos e faltos de patriotismo, cujos interesses pessoais sempre ficaram acima do interesse público. Ao olharem mais para o próprio umbigo, deixaram de perceber (ou não quiseram ver) que uma pátria se constrói ao longo do tempo; que a prosperidade não é gerada com esmolas públicas, mas com trabalho digno; nada é feito por decreto, mas com sementes certas plantadas em solo fértil.
Precisamos igualmente plantar sementes de lideranças, com voto e oração, pedindo ao Senhor que nos dê frutos de líderes segundo o seu coração, para nos liderarem “com conhecimento e inteligência” (Jr 3.15).
A salvação do nosso povo, porém, tem uma dimensão essencialmente espiritual. O povo precisa ser liberto das trevas espirituais e chegar ao pleno conhecimento do Senhor, pois “bem-aventurado é o povo a quem assim sucede! Sim, bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor!” (Sl 144.15).
Deus salve o Brasil!
Nenhum comentário:
Postar um comentário