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Por Por Tim Challies
Nada
enriquece mais o inferno do que falsos mestres. Ninguém tem maior
alegria em atrair as pessoas para longe da verdade, levando-as ao erro.
Falsos mestres tem estado presentes em todas as eras da história humana;
eles tem sempre sido uma praga e sempre estiveram no ramo da
falsificação da verdade. Enquanto suas circunstâncias podem mudar, seus
métodos permanecem constantes. Aqui estão sete marcas dos falsos
mestres.
1 - Falsos mestres são bajuladores dos homens.
O que eles ensinam é para agradar mais aos ouvidos do que beneficiar o
coração. Eles fazem cócegas nos ouvidos de seus seguidores com lisonjas
e, enquanto isso, tratam coisas santas com esperteza e negligência ao
invés de reverência e temor. Isso contrasta bruscamente com um
verdadeiro mestre da Palavra que sabe que é responsável perante Deus e
que, por isso, anseia mais agradar a Deus do que aos homens. Como Paulo
diria, “pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto
de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a
homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1 Tessalonicenses 2.4).
2 - Falsos mestres guardam suas críticas mais severas aos servos mais fiéis de Deus.
Falsos mestres criticam aqueles que ensinam a verdade e guardam suas
críticas mais acentuadas para aqueles que se apóiam com firmeza no que é
verdadeiro. Nós vemos isso em muitos lugares na Bíblia, como quando
Corá e seus amigos se levantaram contra Moisés e Arão (Números 16.3) e
quando o ministério de Paulo estava ameaçado e minado pelos críticos que
diziam que, enquanto suas palavras eram fortes, ele mesmo era fraco e
sem importância (2 Coríntios 10.10). Vemos isso mais notavelmente nos
ataques viciosos das autoridades religiosas contra Jesus. Falsos mestres
continuam a repreender e menosprezar servos fiéis de Deus hoje.
Entretanto, como Agostinho declarou, “Aquele que prontamente calunia meu bom nome, prontamente aumenta a meu galardão”.
3 - Falsos mestres ensinam sua própria sabedoria e visão. Isso certamente era verdade nos dias de Jeremias quando Deus disse “Os
profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei
ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do
seu íntimo são o que eles vos profetizam” (Jeremias 14.14). E, hoje
também, falsos mestres ensinam a loucura dos meros homens ao invés de
ensinarem a mais profunda e rica sabedoria de Deus. Paulo sabia:
“pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário,
cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que
sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).
4 - Falsos mestres deixam passar o que é de suma importância e, ao contrário, se focam nos pequenos detalhes. Jesus diagnosticou essa tendência nos falsos mestres de seu tempo, advertindo-os, “Ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da
hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais
importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém,
fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23.23). Falsos
mestres colocam uma grande ênfase na sua aderência aos pequenos comandos
mesmo quando ignoram os grandes. Paulo advertiu Timóteo daquele que “é
enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de
palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas
malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e
privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Timóteo 6.4-5).
5 -
Falsos mestres obscurecem sua falsa doutrina por trás de um discurso
eloquente e do que parece ser uma lógica impressionante. Assim como
uma prostituta se pinta e se perfuma para parecer mais atraente e
sedutora, o falso mestre esconde sua blasfêmia e doutrina perigosa atrás
de argumentos poderosos e de um uso eloquente da linguagem. Ele oferece
aos seus ouvintes o equivalente espiritual a uma pílula venenosa
revestida de ouro; embora possa parecer bonita e valiosa, permanece
sendo mortal.
6 - Falsos mestres estão mais preocupados em ganhar os outros para a sua opinião do que em ajudá-los e melhorá-los. Esse é outro diagnóstico de Jesus quando ele refletiu sobre as normas religiosas dos seus dias. “Ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra
para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno
duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23.15). Falsos mestres não
estão em última instância no ramo de melhorar vidas e salvar almas, mas
no ramo de convencer mentes e ganhar seguidores.
7 - Falsos mestres exploram seus seguidores. Pedro avisa acerca desse perigo, dizendo: “Assim
como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá
entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente,
heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que
os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos
seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o
caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós,
com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não
tarda, e a sua destruição não dorme” (1 Pedro 2.1-3). O falso mestre
explora aqueles que o seguem porque eles são gananciosos e desejam as
riquezas desse mundo. Sendo essa uma verdade, eles sempre ensinarão
princípios que satisfazem a carne. Falsos mestres estão preocupados com
os bens deles, não com o seu bem; querem servir a si mesmos mais do que
aos perdidos; estão satisfeitos em Satanás ter a sua alma contanto que
eles possam ter as suas coisas.
Traduzido por Kimberly Anastacio
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