Xuxa e presidente da bancada evangélica celebram aprovação da Lei da Palmada
Pais e mães de todo o Brasil não têm nada para comemorar
O que acontece quando um bruxo de
tribo ordena o sacrifício de uma criança inocente? Nada.
O que acontece quando ministros de
governo e a própria presidente têm histórico de defesa do abuso e assassinato
de crianças (o aborto sempre envolve essas crueldades contra crianças)? Nada.
Mas o que acontecerá quando um pai
ou uma mãe der uma palmada, uma varada ou uma cintada de correção no filho?
Espere para ver!
Enquanto todos os brasileiros
estavam focados e distraídos na Copa do Mundo, Dilma Rousseff sancionou, em 27
de junho de 2014, a Lei da Palmada, que pune pais e mães que aplicam castigos
físicos nos filhos. Agora, o confisco estatal desse direito dos pais é lei.
Diferente de milhões de famílias brasileiras,
que serão diretamente afetadas pela nova lei, Xuxa não estava focada na Copa do
Mundo. Quando Dilma assinou a lei, Xuxa celebrou a vitória. Todos os grupos esquerdistas,
mesmo com a euforia da Copa, celebraram junto. E com o Pr. Paulo Freire,
presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), não foi diferente: ele
também celebrou.
As palavras de Xuxa, conforme
registradas pela revista Quem da Globo, foram:
“TO
TÃO FELIZZZZZZZZZ..... Ainda tem gente que duvida da existência de Deus, essa
lei saiu porque Deus quis, desculpe as pessoas que interpretam trechos do
Antigo Testamento achando que Deus concorda com a violência usada pra corrigir
uma criança, Deus é amor, amor não rima com dor, obrigada MEU DEUS e viva a Lei
Menino Bernardo.”
O que é que Xuxa entende de Deus e
de Bíblia? Mas se quem diz entender (os pastores da bancada evangélica)
negociaram a lei e a deixaram passar, Xuxa tem é mesmo de celebrar. O presidente da bancada evangélica disse:
VITÓRIA! “LEI MENINO BERNARDO” (Lei da palmada)
Alamiro
Velludo Netto, criminalista e professor de direito penal na USP, diz que a
norma não proíbe todo tipo de tapinha: “A palmada que tem mais efeito simbólico
de correção, não foi proibida, mas sim aquela que tem o caráter de agressão.”
“Agora
podemos falar, a lei já foi sancionada”.
Quero
parabenizar a todos os parlamentares evangélicos que comigo fazem parte da CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Federal, em especial o Deputado
Federal Marcos Rogerio, pela brilhante atuação e estratégia com que trabalhamos
para a aprovação da lei “Menino Bernardo” que ficou conhecida como “Lei da
Palmada”. Conseguimos, com a ajuda e a graça de Deus, tirar tudo aquilo que
possibilitava que o Estado interferisse na criação dos pais em relação a seus
filhos, também não permitindo a proibição da famosa “Palmadinha” para a
correção dos filhos. Um trabalho estrategicamente bem feito sem despertar e não
deixar que nossos adversários políticos percebessem a nossa vitória, já
realizada antes da Presidente Dilma assinar sancionando esta lei. Mais uma
grande vitória da bancada Evangélica na Câmara Federal, dada pelo nosso bom
Deus.
Deputado Federal Paulo
Freire
Presidente da FPE
Presidente da FPE
Eu realmente não compreendo como
uma derrota pode ser vista como “vitória.” Anos atrás, o próprio senador Magno
Malta classificou a Lei da Palmada como “agressão à família brasileira.” E
agora Freire acha que não é nada disso? E numa entrevista
a este blog no ano passado, o Dep. Marcos Rogério declarou: “Eu espero que a lei não seja aprovada. Mas,
caso aconteça, muitos pais serão levados ao Conselho Tutelar e ao Juizado de menores
por corrigir seus filhos.” E agora Freire diz que o Dep. Marcos o ajudou? O
que foi que aconteceu com a cabeça desse pastor? Se ele disse que supostamente
muitos elementos nocivos foram removidos da Lei da Palmada, por que Xuxa está
celebrando? Por que Xuxa se sentiu no direito de chamar de “violência” a
orientação bíblica sobre disciplina de crianças?
O que a Bíblia diz sobre disciplina física de crianças e violência
Vejamos o que a Bíblia diz do que
Xuxa chama de “violência”:
“Aquele
que poupa a vara odeia seu filho, mas aquele que o ama tem o cuidado de
discipliná-lo”. (Provérbios 13:24 NIV)
“Quem
se recusa a surrar seu filho o odeia, mas quem ama seu filho o disciplina desde
cedo”. (Provérbios 13:24 GW)
“Aquele
que poupa sua vara [de disciplina] odeia seu filho, mas aquele que o ama o
disciplina com diligência e o castiga desde cedo”. (Provérbios 13:24 Bíblia
Ampliada)
“Os
açoites que ferem, purificam o mal; E as feridas alcançam o mais íntimo do
corpo.” (Provérbios 20:30 TB)
“Os
castigos curam a maldade da gente e melhoram o nosso caráter.” (Provérbios
20:30 NTLH)
“Os
golpes e os ferimentos eliminam o mal; os açoites limpam as profundezas do
ser”. (Provérbios 20:30 NVI)
“É
natural que as crianças façam tolices, mas a correção as ensinará a se
comportarem.” (Provérbios 22:15 NTLH)
“A
estultícia está ligada ao coração do menino, mas a vara da correção a
afugentará dele.” (Provérbios 22:15 RC)
“A
insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a
livrará dela”. (Provérbios 22:15 NVI)
“Todas
as crianças são sem juízo, mas correção firme as fará mudar”. (Provérbios 22:15
CEV)
“A
crianças por natureza fazem coisas tolas e indiscretas, mas uma boa surra as
ensinará como se comportar”. (Provérbios 22:15 GNB)
“Não
retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso
morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.”
(Provérbios 23:13-14 RC)
“Não
evite disciplinar a criança; se você a bater nela e castigá-la com a vara
[fina], ela não morrerá. Você a surrará com a vara e livrará a alma dela do
Sheol (Hades, o lugar dos mortos)”. (Provérbios 23:13-14 Bíblia Ampliada)
“Não
retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá.
Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno”. (Provérbios
23:13-14 RA)
“Não
deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão. Para dizer a verdade,
poderão até livrá-la da morte”. (Provérbios 23:13-14 NTLH)
“Não
evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá.
Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura”.
(Provérbios 23:13-14 NVI)
“É
bom corrigir e disciplinar a criança. Quando todas as suas vontades são feitas,
ela acaba fazendo a sua mãe passar vergonha”. (Provérbios 29:15 NTLH)
“A
vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a
envergonhar a sua mãe”. (Provérbios 29:15 RA)
“A
vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a
sua mãe”. (Provérbios 29:15 RC)
“Uma
surra e um aviso produzem sabedoria, mas uma criança sem disciplina envergonha
sua mãe”. (Provérbios 29:15 GW)
Contudo, embora favoreça surras com
vara, a Palavra de Deus não apoia o excesso e a violência:
“Corrija
os seus filhos enquanto eles têm idade para aprender; mas não os mate de
pancadas”. (Provérbios 19:18 NTLH)
“Castiga
teu filho enquanto há esperança, mas para o matar não alçarás a tua alma”.
(Provérbios 19:18 RC)
“Castiga
a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo”.
(Provérbios 19:18 RA)
“Corrija
seus filhos antes que seja tarde demais; se você não castigá-los, você os está
destruindo”. (Provérbios 19:18 CEV)
“Discipline
seus filhos enquanto você ainda tem a chance; ceder aos desejos deles os
destrói”. (Provérbios 19:18 MSG)
O que o Novo Testamento diz sobre disciplina de filhos
Para quem concorda com Xuxa e acha
que essas orientações não têm mais validade alguma porque Deus as deu no Antigo
Testamento, o Novo Testamento traz uma confirmação da dolorosidade da
disciplina física:
“Vocês
se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: ‘Meu
filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão,
pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como
filho’. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata
como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não
são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são
filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos
disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai
dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto
período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem,
para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de
alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de
justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.” (Hebreus 12:5-11 NVI)
O que a psicologia cristã diz sobre disciplina física de filhos
Para os que acham, inclusive entre
cristãos, que tudo o que não tiver o embasamento da psicologia não tem validade
alguma, inclusive a Bíblia, para esses corações mais inseguros há o livro “Ouse
Disciplinar,” publicado anos atrás pela Editora Vida. O autor, o Dr. James
Dobson, é um famoso psicólogo evangélico que apoia esses versículos e o sábio
uso da disciplina com a vara.
No artigo “Dr.
James Dobson responde a uma pergunta sobre disciplina de crianças,” o psicólogo
evangélico diz:
O
castigo físico, quando utilizado de forma amorosa e adequada, é benéfico para
uma criança porque está em harmonia com a própria natureza. Considere o
propósito de dores menores na vida de uma criança e como ela aprender com a
dor. Suponha que o Pedrinho, de dois anos, puxe uma toalha de mesa, de modo que
o vaso de rosas, que está na mesa, o atinja bem na cabeça. Com essa dor, ele
aprende que é perigoso puxar a toalha da mesa, a menos que ele saiba o que está
em cima dela. Quando ele toca num forno quente, ele rapidamente aprende que o
calor tem de ser respeitado. Se ele chegar a viver cem anos, ele nunca mais
tentará tocar num forno. Ele aprende a mesma lição quando puxa o rabo do
cachorro e prontamente leva uma mordida na mão, ou quando sai do assento de
bebê quando a mãe não está observando e acaba descobrindo tudo sobre a lei da
gravidade.
Durante
os anos de infância, ele tipicamente acumula galos, machucados, arranhões e
queimaduras menores, cada um lhe ensinando acerca dos limites da vida. Essas
experiências o tornam uma pessoa violenta? Não! A dor associada a esses eventos
o ensina a evitar cometer os mesmos erros de novo. Deus criou esse mecanismo
como valioso instrumento de instrução.
Há também os estudos do Dr. Den A.
Trumbull sobre disciplina física de crianças. Num artigo estupendo, intitulado
“Pesquisa
contesta críticos da disciplina física de crianças,” ele desmonta os
questionamentos de indivíduos como Xuxa.
Entretanto, na visão de Xuxa, Deus
é tão bom e amoroso que a justiça vai para o ralo: no paraíso dela, não há
espaço nenhum para inferno. Não há espaço para a dor do aprendizado. Todo mundo
vai bonitinho para o céu.
Seja como for, fica agora a Lei da
Xuxa e a Lei de Deus. Pior: fica agora a opinião de Paulo Freire, que diz que a
Lei da Palmada vai permitir algum tipo de palmadinha. E fica a informação de
Xuxa: toda palmadinha está proibida.
Conselhos Tutelares em plena atividade muito antes da Lei da Palmada
O fato é que mesmo sem essa lei, os
conselhos tutelares já estão trabalhando há muito tempo nessa direção. Em 2008,
conversei com um pastor de Teresópolis, RJ, que me contou que, ao disciplinar
fisicamente o filho, ganhou a resposta do menino: “Se você me bater, ligo para
o Conselho Tutelar. Na escola, fomos orientados a denunciar se nossos pais nos
batessem.”
O pai, com sabedoria, respondeu:
“Pode chamar. Eles virão, nos prenderão e vão mandar você para um orfanato. Depois,
quem lhe dará tudo o que você quer e precisa?” O menino nunca mais repetiu a
ameaça.
Em 2008, em Campina Grande, PB, um
dos pastores palestrantes da VINACC me contou como seu filho pequeno também o
ameaçou na hora de levar um merecido castigo. Nesse caso, o menino também
revelou para o pai que aprendeu na escola como delatar os pais.
Nessa época, uma das maiores
líderes católicas pró-vida do Rio de Janeiro desabafou para mim como teve de
renunciar ao seu emprego de professora de escola pública, por não aguentar mais
ver agentes do Conselho Tutelar vindo à escola para ensinar as crianças que
elas poderiam fazer o que quisessem, tanto em casa quanto na escola. As aulas
incluíam instruções de como denunciar os pais.
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