sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A CRUZ E A SUA MENSAGEM

Samuel Câmara
Grandes homens do passado, como Gandhi e Nietzsche, tiveram dificuldade de aceitar o evangelho a partir da cruz de Cristo. Na época do apóstolo Paulo, isso também não era novidade. Por isso, ele disse de modo radical: “A mensagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (1 Co 1.18).
Embora o cristianismo, hoje, pareça uma imensa “colcha de retalhos”, com doutrinas e crenças para todos os gostos e opiniões, é consenso geral que, independentemente das diferenças, todos os cristãos estão à sombra da cruz.
A morte de Cristo na cruz é o ponto de partida. Sem este fato histórico, não haveria cristianismo. Isto faz da cruz o mais importante símbolo visual do cristianismo. Porém, a cruz nada é sem o crucificado. Certamente isto ensejou Paulo a declarar: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.2). Infelizmente, para alguns, a cruz tem apenas valor estético. Outros a tomam como amuleto protetor. Não poucos a tratam como fetiche.
A centralidade da cruz como símbolo cristão teve sua origem no coração do próprio Jesus, que disse: “O Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte. E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá” (Mt 20.18-19).
Tratemos, portanto, da morte de Jesus na cruz, pois foi por intermédio dela que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Co 5.19).
A morte de Jesus foi predita. Setecentos anos antes de Cristo, Isaías escreveu: “Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Isso era uma referência a Jesus, “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Com a sua morte, “Deus cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer” (Is 53.5; Jo 1.29; At 3.18).
A morte de Jesus foi vergonhosa e humilhante. A morte na cruz era utilizada pelos romanos para punir ladrões e escravos, os quais eram primeiramente açoitados, depois crucificados. Jesus foi exposto a esta mesma vergonha, como está escrito: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)” (Gl 3.13).
A morte de Jesus foi voluntária. Jesus morreu porque quis. Ele disse: “O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (Jo 10.17). A sua atitude nada tinha de fatalista nem de complexo de mártir. Ele queria tão somente cumprir a vontade de Deus. Ele veio “buscar e salvar o perdido” e sabia que “sem derramamento de sangue, não há remissão” (Lc 19.10; Hb 9.22).
A morte de Jesus foi substitutiva. Quem substitui alguém, toma o seu lugar e lhe faz as vezes. Isso quer dizer que Jesus tomou o nosso lugar, fazendo-se voluntariamente culpado. Pedro disse: “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça”. (1 Pe 2.24).
A mensagem da cruz é para você. Ela fala da salvação através de Jesus. Só depende de você aceitá-la pela fé. Qual será a sua escolha?

Um comentário:

  1. Se não fosse a mensagem da cruz o que seria de nós? Foi ela que direcionou a nossa vida e sustenta nossa fé em Deus. A esperança, base da nossa crença, é alimentada pela mensagem da cruz! Nela, Jesus, deu a vida por mim pecador...

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