sexta-feira, 5 de maio de 2017

Aniversário de 500 anos da Reforma? Hora de uma nova Reforma
Joseph Farah
Sem dúvida você ficou sabendo que 2017 marca o aniversário de 500 anos da Reforma protestante.
E enquanto há muitas coisas para celebrar sobre o que Martinho Lutero realizou com as 95 teses que ele cravou na porta da Igreja do Castelo em Wittenberg em 31 de outubro de 1517, e a obra que ele e outros continuaram pelos próximos 100 anos, jamais deveríamos fazer vista grossa ao lado tenebroso.
Em 1618, começou a Guerra dos 30 Anos, tirando a vida de 8 milhões de europeus apanhados em conflito religioso.
Em 2017, ainda estamos sentindo os efeitos do antissemitismo e da “teologia da substituição” que foram propagados tanto pela Igreja Católica Romana quanto pelo movimento protestante.
O presente que Lutero nos deu foi a volta à Sola Scriptura — a Bíblia somente. Mas o movimento da Reforma foi seletivo em que partes da Bíblia realmente deu atenção — principalmente no que se referia à natureza centrada em Israel da Bíblia inteira.
Eis um pouquinho do que Lutero escreveu sobre os judeus:
“O que então nós cristãos faremos com essa raça amaldiçoada e rejeitada dos judeus? Já que eles vivem entre nós e sabemos acerca das mentiras, blasfêmias e praguejamento deles, não podemos tolerá-los se não desejamos ter parte nas mentiras, praguejamento e blasfêmia deles. Desse jeito não podemos apagar o fogo inextinguível da ira divina nem converter os judeus. Precisamos, em oração e reverência, praticar uma severidade misericordiosa. Talvez possamos salvar alguns das chamas [do inferno]. Não devemos buscar vingança. Eles com certeza estão sendo punidos mil vezes mais do que poderíamos lhes desejar. Permita-me lhe dar meu conselho honesto… as sinagogas deles devem ser queimadas, e tudo o que não queimar deve ser coberto de terra de modo que ninguém jamais consiga ver um carvão ou pedra disso. E isso deve ser feito para a honra de Deus e do Cristianismo a fim de que Deus veja que somos cristãos, e que não toleramos ou aprovamos intencionalmente tais mentiras, praguejamento e blasfêmias públicas contra Seu Filho e de Seus cristãos.”
Talvez, depois de 500 anos, seja hora de uma nova Reforma focada nas raízes hebraicas da fé cristã, algo que Lutero evidentemente perdeu. Lutero fez vista grossa a Deuteronômio 32:21? “Provocaram-me os ciúmes com aquilo que nem deus é e irritaram-me com seus ídolos inúteis. Farei que tenham ciúmes de quem não é meu povo; eu os provocarei à ira por meio de uma nação insensata.”
Quem são aqueles que não eram seu povo na época de Moisés? Quem era aquela “nação insensata”?
São os cristãos nos últimos quase 2 mil anos. Não temos muitas vezes provocado ciúmes no povo escolhido dEle com nosso amor.
Se você não conhece esse versículo de Deuteronômio, talvez você conheça este de Romanos 10:19: “Novamente pergunto: Será que Israel não entendeu? Moisés foi o primeiro que disse: ‘Farei que tenham ciúmes de quem não é meu povo; eu os provocarei à ira por meio de um povo sem entendimento.’”
Somos essa nação insensato. E nos conduzimos de modo insensato por tempo longo demais.
Ciúmes não é provocado por ameaças e terrorismo. É provocado por amor e obediência a Deus.
Esta nova Reforma deveria começar, em minha opinião, com um grande e sincero pedido de perdão ao povo judeu e a Deus pelos pecados graves dos cristãos durante os últimos 1.700 anos. Deveria vir acompanhado de uma grande demonstração de amor pelos filhos de Israel — o povo escolhido de Deus que nos deu Sua Palavra.
Posso lhe dar alguns versículos importantes para pensar?
“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5:16)
“… para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos… Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês.” (Mateus 5:45, 48)
“Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas.” (Mateus 6:14-15)
É simplesmente inconcebível que alguém chegue a achar que Deus já fez tudo o que tinha por Israel e ainda crer no cumprimento literal das promessas da Bíblia. Pois não só é todo aspecto histórico da Bíblia judaico, mas tudo ali também sobre o futuro é judaico — as profecias ainda não cumpridas da volta de Jesus e o que essas profecias dizem sobre o reino milenar vindouro.
Talvez seja hora de os cristãos deixarem de lado as tradições e costumes que eles herdaram de seus “pais da igreja” e voltarem ao Sola Scriptura, como a Reforma tentou fazer, mas não conseguiu.
Todas as citações bíblicas aqui são da Nova Versão Internacional.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do WND (WorldNetDaily): Reformation’s 500th birthday? Time for a new one

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